sexta-feira, 3 de maio de 2013

Um caminho quase sem volta


         Eu tenho dito aqui e alhures, repetidamente, que o processo de degradação de valores e decadências de instituições fazem parte do plano de implantação de uma ditadura esquerdista no Brasil. Não é por acaso que não se faz nada para conter a criminalidade, a desagregação familiar, a crescente ignorância por falta de uma educação pública de qualidade, entre outros cânceres que corroem a ordem social.
         E atual crise envolvendo os poderes Legislativo e Judiciário é um retrato fiel desse turbilhão de eventos que estão levando o Brasil a um caminho que dificilmente terá volta, a não ser com derramamento de sangue. Aliás, sangue esse que tem sido derramado em abundancia nos campos e cidades, pela violência atiçada pela simples proibição do uso de  drogas e pela luta de classes que o governo estimula.
         E nesse salve-se quem puder, nesse desespero de conquistar fama, dinheiro e poder a qualquer preço, as pessoas não percebem o que acontece à sua volta e entram nas armadilhas preparadas pelos mentores da ditadura sem ter a menor noção do perigo. O artigo que publicamos hoje (Revolução Silenciosa) faz um retrato bem claro dessa situação.
         E mesmo marchando silenciosa e covardemente para o desastre, as possíveis lideranças (alô Igreja, Maçonaria, OAB...) que poderiam levantar a voz, calam-se por covardia ou conivência. Eu falo dessas coisas porque ainda me resta um pouco de sonho na prática de um jornalismo ético, responsável, comprometido apenas com o bem comum.
         Aliás, com quase 35 anos de profissão e há poucos meses de entrar para a terceira idade, eu não aspiro mais nada. Já fiz tudo que queria fazer na minha vida. Vivi como bem quis e fiz tudo do meu jeito. Poderia muito bem parar de escrever, e está mais perto do que longe o dia da minha aposentadoria, por  conta dos meus problemas de saúde.
         Antes que se agrave, vou depor as armas e ir embora para São Miguel do Mato Dentro, aonde nem notícia ruim chega e onde o governo só aparece no dia de pedir votos que eu, com certeza, não darei. Nunca fui dado a luxos e badalações, e poderei muito bem viver o resto dos meus dias fazendo as coisas que mais gosto, em companhia de bons amigos e do amor da minha vida.
         Combati o bom combate e tenho a consciência tranquila. Agora é com vocês meus jovens. Mas se querem fazer alguma coisa para evitar o pior, façam agora, porque amanhã será tarde demais.
         Vale deixar um lembrete: Trabalho desde os 13 anos e nunca vi dinheiro fácil dar felicidade a ninguém. Não sou rico nem pobre, mas vivi e vivo uma vida digna e feliz. Só estou um pouco triste por perceber que pouco ou nada adiantou combater a ditadura militar. Porque mesmo ganhando, nós perdemos.

Pensem nisto!

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