segunda-feira, 18 de julho de 2016

Escola sem partido

Quando meus filhos estudavam em um colégio particular -excelente, por sinal-, havia lá uma professora doutrinadora, passional, que dizia todos os dias que o PT e Lula eram espetaculares, o símbolo da ética, do avanço social, etc, etc, e que FHC era desprezível, elite, contra o Brasil, inclusive com textos. Fiquei indignado e ia ao colégio, mas a mãe não concordou porque podia prejudicar os meninos, etc, etc. Brigar na rua é fácil, brigar em casa é o terror. Deixei para lá
Anos depois vemos que o PT acabou na falência moral, ética, que vemos aí, com a situação inédita de 2 presidentes e 3 tesoureiros presos, tendo Lula como líder de todo o processo de corrupção ( a não ser que sua ingenuidade permita você achar que tudo isto poderia ser feito sem seu aval) e levado o país ao caos econômico que levou.
Até hoje, no entanto, eles ainda trazem incorporado uma parte do discurso da professora. Isto não é fornecer de forma equilibrada os fatos. OPINAR é livre e necessário, doutrinar, não. A pluralidade é salutar em ambiente de formação, mas não é torcida ou afinidade ideológica que deve conduzir o ensino, afinal, já sabemos demais como ele foi usado nos países que fizeram isto com a educação. É preciso rigor histórico, mas sem partidarismo!
Somos sim, obrigados a reconhecer que há doutrinação esquerdista em toda rede de ensino, de forma dominante, assim como nas ciências sociais nas Universidades. Em Feira, a UEFS, chegou a criar um Curso de Direito exclusivo para o MST, uma ação direcionada , que não se justifica.
Não sei se a melhor resposta é o Escola Sem Partido- que, aliás, quer só colar um cartaz com os deveres de equilíbrio do professor ao ensinar-, mas com certeza, como está não pode ficar

Câmara - Fim de era
Rodrigo Maia (DEM) é o novo presidente da Câmara de Deputados e o segundo na linha de sucessão. Chega ao fim a mediocridade abjeta de Maranhão na Presidência e o balcão de extorsão implantado por Eduardo Cunha. É o fim de uma era de gangsterismo explícito. É uma vitória, ainda que se deva a Eduardo Cunha a derrota do PT, pois só alguém de sua estirpe seria capaz de enfrentar a organização partidária. 

Temer e a eleição na Câmara
Lula e o PT apoiaram Marcelo Castro, adversário de Rodrigo Maia, que sequer foi para o segundo turno. É um sinal de que o PT não é mais uma perspectiva de poder.
A grande vitória foi de Michel Temer que se fortalece ainda mais, refaz a base parlamentar e torna a votação do impeachment uma certeza ainda maior.
O resultado, inevitavelmente, tende a aglutinar poder ao redor do interino, permitindo que aprove as medidas que lhe interessam. Há, sem dúvida, um deslocamento do poder em Brasília e o pêndulo, no momento, favorece ao presidente em exercício.

Câmara Federal
Qualquer eleição na Câmara Federal vem com os votos do pior que há por lá e sendo assim são sempre um risco os compromissos que são assumidos, mas entre a bandidagem geral dos candidatos, Rodrigo Maia,  era a melhor opção, no momento,  para tentar dar alguma normalidade à Casa, pelos próximos sete meses até a nova eleição, mas será preciso ficar de olho e pressionar para que a cassação de Cunha seja julgada e ele não tente agradar a todos, o que sempre é um prenúncio de caos. 

Campanha vai começar
Agora que Ronaldo, líder, favorito, e dono da bola, liberou o baba, vai começar a campanha eleitoral verdadeira em Feira.

Morre, silenciosamente, sob a veloz construção do supermercado uma área da  Lagoa do Subaé sem que nenhuma providência tenha sido tomada por nenhum órgão fiscalizador para impedir as obras, ao menos, até um parecer definitivo e não o cínico faz de conta de um parecer pago pelo interessado. O empresário e político que vendeu o terreno já pode dormir sossegado que o negócio não será mais desfeito. A velocidade da construção é seu atestado. 

A interminável Lagoa Grande
Defendemos, incisivamente, a preservação das lagoas de Feira, pauta que nunca foi prioridade municipal ou estadual.  Nesta vertente continuamos esperando a delimitação da lagoa Salgada antes que se torne uma nova Subaé invadida por Atacadões sob o olhar permissivo dos órgãos competentes e pareceres pagos, surrealisticamente, pelo próprio interessado. 
Somos, por isso, entusiastas da magnífica obra de recuperação da Lagoa Grande, um marco urbano, que, no entanto, apesar dos valores que já consumiu, anda lentamente na sua parte final. 
É preciso manter a mobilização e cobrança permanente para que o Parque não morra, por assim dizer, na praia.  As estações elevatórias e o urbanismo final precisam de um calendário verdadeiro de cumprimento de prazos.
Do mesmo modo - não sei se já foi feito - é preciso discutir as regras da ocupação do seu entorno, que perfil de construção e comercial poderão ser alocados ali, para que se torne uma zona de lazer com um projeto urbanístico próprio e não ao acaso e sem lei, como ocorre geralmente. O potencial da área é muito significativo e não pode ser desperdiçado.


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