sábado, 2 de julho de 2016

NACIONALISMO?

Salvo algumas seleções européias e a norte-americana, em nenhuma outra os jogadores sabem cantar o obrigatório hino nacional. Isso inclui também, claro, a maioria absoluta dos times brasileiros. Então, fica aquela cena patética da câmera mostrado faces mudas ou balbuciando um fingimento de letra, quanto se toca o hino. Junte-se a isso a recusa explícita dos ditos grandes ídolos do futebol de participarem dos jogos de suas seleções, como Messi e Neymar. E fica claro que os bilionários cartolas do futebol, junto com governos, tentam impor um “nacionalismo” fajutíssimo.

Se levantar a arma para a polícia, prega fogo nele (José Luiz Datena, jornalista e apresentador)

No Brasil, a Polícia não é respeitada, mas sim temida. Daí tanto pânico e morte.
Em princípio, devo dizer que concordo com a frase que usei na coluna de hoje, do Datena: se o policial for ameaçado com uma arma, realmente não lhe resta outra alternativa senão atirar. É assim aqui, na Alemanha, nos Estados Unidos, mundo afora. Todavia, o que vem ocorrendo no Brasil é uma sequência de perseguições e mesmo abordagens policiais desastrosas, resultando na morte de crianças e jovens, muitos deles sem qualquer envolvimento com crimes. Para piorar, temos a prática de alguns policias que alteram a cena do crime, plantando armas e drogas e produzindo até falsos depoimentos, para encobrirem seus erros fatais, que enlutam famílias todos os dias.
No caso da fuga em barreiras policiais, muitas vezes, claro, o fugitivo tem culpa de algum crime e tenta escapar. Porém, é necessário que a polícia aja com a máxima serenidade possível, o que só se consegue com excelente treinamento, e tente de TODAS as formas parar a pessoa sem matá-la. Mas não é o que se vê. A ordem é atirar para matar e depois verificar qual era o problema do então já defunto.
Mas passa por tais cenas também um fator muito importante: tantas têm sido, na Bahia e no resto do Brasil, as atrocidades praticadas por policiais contra pessoas já dominadas e presas (até esquartejamento, por exemplo), que os cidadãos, hoje, em vez de respeitar essa polícia, como deveria ser, tem TERROR ao policial. Então, ás vezes por causa da falta de um documento ou qualquer outra falha legal menor, preferem fugir. Uma situação dramática e perigosíssima.

Ainda sobre a Polícia (I)
Nos Estados Unidos, a Polícia também comete algumas atrocidades, mas seus autores são severamente punidos e, mais que isso, a família da vítima é indenizada: este ano, por exemplo, tivemos a notícia de que a família de Tamir Rice, adolescente de 12 anos que foi morto pela polícia de Cleveland (Ohio) em 2014, irá receber uma indenização de US$ 6 milhões (mais de R$ 20 milhões) da cidade americana, segundo reportagem do jornal "New York Times".
Aqui, as autoridades tentam até o último culpar a vítima e no mais das vezes apoiam, explícita ou subliminarmente, a ação ilegal a fatal do policial.

Ainda sobre a Polícia (II)
Outra questão sobre a aqui já comentei aqui algumas vezes é a explícita falta de autoridade do comando geral, no caso das Polícias Militares, em todo o País, em relação às equipes de choque e outras mais radicais que saem para rondas na calada da noite.
Quem está dentro dessas corporações sabe exatamente do que estou falando. São eles que mandam, fazem o querem e ponto final.

Ainda sobre a Polícia (III)
É evidente que existem muitos policiais civilizados – e que nem por isso deixam de agira duro quando estritamente necessário, inclusive para salvar suas vidas -, assim como há oficiais que têm a plena noção dos absurdos que são cometidos.
No entanto, entre ter boas intenções, conhecer as normas legais de ação e pô-las em prática pela maioria dos policiais, há enorme distância. Distância, aliás, cada vez maior neste país onde até médicos induzem coma em pacientes para levá-los a UTIs particulares e receber “gorjetas” de até R$ 15 mil, como estava ocorrendo no SAMU de Goiânia. É o caos generalizado!

Ainda sobre a Polícia (IV)
No Brasil, nunca é demais dizer, a morte está banalizada ao extremo. Morrer sob violência e matar tornaram-se uma rotina dantesca, assim como têm sido quase patéticos os pedidos por Justiça. Governos e parlamentarem não têm o MÍNIMO interesse em encarar fundo a questão, sabe-se lá por que.
E quando se mata uma pessoa, alguma família, algum pai, alguma mãe, marido, mulher, irmão, vai ficar de luto e jamais terá de volta aquela pessoa. Pobres fazem tanta falta aos seus entes queridos como acontece com os ricos e “socialites”.

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