quarta-feira, 6 de julho de 2016

Quando refrigerante era usado como anticoncepcional

As armas contra gravidez não eram compradas em farmácias em Porto Rico. Vinham das gôndolas dos mercados. Dentro das embalagens de Coca-Cola. Nos anos 1980, após fazer sexo, um casal que não quisesse ter filhos chacoalhava bem a garrafa da bebida, ainda fechada, para fazê-la jorrar. O líquido voava direto para dentro da vagina. Era o ácido carbônico quem deveria fazer a faxina por lá: exterminar todos os espermatozoides vivos. Na falta de outros métodos contraceptivos à venda, a mulherada toda se banhava em Coca-Cola.
Foi por essa época que a médica americana Deborah Anderson desembarcou na ilha caribenha. E ficou surpresa ao saber da história do refrigerante. Colocou a lenda à prova. Separou quatro tipos de Coca-Cola e despejou cada um deles em tubos cheios de espermatozoides. Bastou um minuto para a Coca Diet acabar com todos eles. Já as outras versões da bebida foram bem menos eficazes, deixaram quase metade dos espermatozoides vivos. Mas não importava, havia ali uma prova: a lenda não era falsa.
Podia não ser o método mais seguro do Universo, mas até que funcionava. E pelo menos na Coca Diet dava para confiar sem medo. Ou não.

Intrigada com os resultados, dois anos depois, outra equipe médica repetiu o experimento. Tomaram todo o cuidado para copiar com exatidão cada passo dos primeiros pesquisadores. Esperaram por uma hora, mas nenhum dos seis tipos de Coca, nem mesmo a Diet, foi capaz de eliminar mais do que 70% dos espermatozoides. Era o fim de um sonho gaseificado para os porto-riquenhos. Leia mais em Super Interessante.

Créditos da foto: flickr.com/brent_nashville/



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