segunda-feira, 4 de julho de 2016

O Ditador

         
Há ditadores e ditadores. A maioria é como Hitler, Mussolini, Milosevick, Idi Amim ou Fidel Castro. São totalitaristas, dominadores, cruéis e sanguinários. Genocidas. Assassinos mesmo. Outros, entretanto, são como aquele general de Cingapura, cujo nome me escapa agora, que tomou o poder no país corrompido e despedaçado, matou todos os políticos corruptos, traficantes, assassinos, ladrões e drogados, e investiu pesado em Educação. Conduzindo o país com “mão de ferro” até que a ordem fosse restabelecida e o progresso retomado, levando o país a um clima de paz e civilidade reconhecido no mundo todo como um dos melhores lugares para se viver.
         Há ainda o tirano de aldeia, aquele que se encastela numa cidade, povoado, ou até mesmo em empresas e corporações, impondo àqueles ao seu redor a realização das suas vontades. Na verdade, são covardes e frustrados, que só conseguem se manter no poder por absoluto comodismo e medo das pessoas que lhe cercam. Mas não resistem a um confronto sério. Geralmente morrem ou fogem com o rabo entre as pernas. Hoje em dia as forças policiais estão cheias deles, que se escondem atrás de normas e regulamentos para não serem desafiados.
         Tenho ouvido em Feira de Santana muita gente dizer que o prefeito José Ronaldo é um ditador. Pessoalmente, não o vejo assim. Talvez, teimoso ou cabeça dura, mas apenas porque é mal aconselhado por gente que defende mais os seus próprios interesses que os interesses da população. E como esses “conselheiros” são verdadeiros puxa sacos, baba ovo mesmo, que não têm coragem de lhe dizer o que ele precisa ouvir, ele vai tomando gosto e, às vezes, se comportando como ditador.
Contudo ele se mantém no poder, tendo se reelegido duas vezes e tentando o quarto mandato de prefeito, por pura incompetência dos candidatos que se apresentam para concorrer com ele. Ele se elegeu em 2000 e se reelegeu em 2004 porque fez um dos melhores governos que Feira de Santana experimentou desde a morte José Falcão da Silva. Que deixou em seu lugar o vice, Clailton Mascarenhas, que arrasou a cidade.
Em 2008 Ronaldo apoiou Tarcízio Pimenta, que fez um governo tão pífio que, ao tentar a reeleição, em 2012, ficou em último lugar, perdendo até para o desconhecido Professor Jonathan. Ronaldo se elegeu, como nas duas primeiras vezes, no primeiro turno. Agora, 2016, ele vai para a reeleição novamente sem ter adversários à altura que possam ameaçar a sua reeleição.
         No seu desespero, a oposição planta mentiras, faz falsas denúncias, espalha boatos, e busca nomes políticos já desgastados ou esquecidos pelo povo, justamente porque nada deram à cidade quando tiveram a oportunidade, na vã tentativa de angariar votos para um possível segundo turno, quando então o eterno candidato do PT, deputado Zé Neto, possa vencer Ronaldo. Essa manobra já foi tentada em eleições anteriores, e não deu certo, pois Ronaldo venceu sempre no primeiro turno. Duvido muito que dê certo agora. Para mim são favas contadas.
         Como eu sou feirense e amo a minha cidade, preocupa-me agora o fato de que Ronaldo não poderá mais se candidatar à reeleição e, quando eu olho em volta não vejo um nome apto a sucedê-lo à altura, e vejo que Ronaldo não preparou um sucessor. Temo que a cidade poderá cair novamente nas mais de um oportunista desonesto ou incompetente. Há uma severa falta de homens dotados de espírito público e competência administrativa comprovada na nossa querida cidade. É uma pena, pois, quem acha que está ruim com “ditador”, tarde perceberá que é muito pior sem ele.

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