Há ainda o tirano de aldeia, aquele que
se encastela numa cidade, povoado, ou até mesmo em empresas e corporações, impondo
àqueles ao seu redor a realização das suas vontades. Na verdade, são covardes e
frustrados, que só conseguem se manter no poder por absoluto comodismo e medo
das pessoas que lhe cercam. Mas não resistem a um confronto sério. Geralmente
morrem ou fogem com o rabo entre as pernas. Hoje em dia as forças policiais
estão cheias deles, que se escondem atrás de normas e regulamentos para não
serem desafiados.
Tenho ouvido em Feira de Santana muita
gente dizer que o prefeito José Ronaldo é um ditador. Pessoalmente, não o vejo
assim. Talvez, teimoso ou cabeça dura, mas apenas porque é mal aconselhado por
gente que defende mais os seus próprios interesses que os interesses da
população. E como esses “conselheiros” são verdadeiros puxa sacos, baba ovo
mesmo, que não têm coragem de lhe dizer o que ele precisa ouvir, ele vai
tomando gosto e, às vezes, se comportando como ditador.
Contudo ele se mantém no poder, tendo se
reelegido duas vezes e tentando o quarto mandato de prefeito, por pura
incompetência dos candidatos que se apresentam para concorrer com ele. Ele se
elegeu em 2000 e se reelegeu em 2004 porque fez um dos melhores governos que
Feira de Santana experimentou desde a morte José Falcão da Silva. Que deixou em
seu lugar o vice, Clailton Mascarenhas, que arrasou a cidade.
Em 2008 Ronaldo apoiou Tarcízio Pimenta,
que fez um governo tão pífio que, ao tentar a reeleição, em 2012, ficou em
último lugar, perdendo até para o desconhecido Professor Jonathan. Ronaldo se
elegeu, como nas duas primeiras vezes, no primeiro turno. Agora, 2016, ele vai
para a reeleição novamente sem ter adversários à altura que possam ameaçar a
sua reeleição.
No seu desespero, a oposição planta
mentiras, faz falsas denúncias, espalha boatos, e busca nomes políticos já
desgastados ou esquecidos pelo povo, justamente porque nada deram à cidade
quando tiveram a oportunidade, na vã tentativa de angariar votos para um
possível segundo turno, quando então o eterno candidato do PT, deputado Zé
Neto, possa vencer Ronaldo. Essa manobra já foi tentada em eleições anteriores,
e não deu certo, pois Ronaldo venceu sempre no primeiro turno. Duvido muito que
dê certo agora. Para mim são favas contadas.
Como eu sou feirense e amo a minha
cidade, preocupa-me agora o fato de que Ronaldo não poderá mais se candidatar à
reeleição e, quando eu olho em volta não vejo um nome apto a sucedê-lo à
altura, e vejo que Ronaldo não preparou um sucessor. Temo que a cidade poderá
cair novamente nas mais de um oportunista desonesto ou incompetente. Há uma
severa falta de homens dotados de espírito público e competência administrativa
comprovada na nossa querida cidade. É uma pena, pois, quem acha que está ruim
com “ditador”, tarde perceberá que é muito pior sem ele.
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