segunda-feira, 24 de outubro de 2016

O que os hackers fazem com senhas furtadas?


Quase todos nós já os recebemos: aqueles e-mails que alertam sobre a necessidade de mudar sua senha em determinada conta, site, rede social ou qualquer serviço da rede mundial de computadores que tenha sido invadido recentemente por hackers.
Esses alertas são comuns devido ao fato de 1 bilhão de senhas terem sido furtadas e divulgadas na internet só no ano passado. Yahoo, MySpace, LinkedIn, Dropbox e Tumblr foram alguns dos sites invadidos pelos hackers e a lista só aumenta.
A pior parte é não saber se seus dados foram parar nas mãos de criminosos e se eles já foram usados.
O cientista de computadores Jeremiah Onaolapo e seus colegas da University College London decidiram tentar descobrir quanto tempo os criminosos virtuais levam para agir a partir do momento em que conseguem acesso às contas de suas vítimas.

A equipe criou 100 contas no Gmail e vazou os nomes de usuários e senhas propositalmente em fruns e sites que costumam ser frequentados por hackers que negociam dados.  As contas foram feitas para parecer que pertenciam a usuários reais - com mensagens e alertas comuns. Onaolapo afirmou que as contas de e-mail são alvos tentadores para os hackers devido à forma que são usadas. Muito frequentemente elas estão atreladas a outras contas que possuem dados bancários.
"São informações que podem ser usadas por ladrões de senhas", afirmou.

Período de monitoramento
As contas provaram ser alvos tentadores. No final do estudo, 90 delas foram visitadas por pessoas indevidas. "A julgar pelas atividades nas contas eu diria que a maioria dos visitantes não percebeu que elas eram falsas", afirmou ele. O surpreendente foi perceber que os criminosos cibernéticos não tentavam invadir e saquear imediatamente as contas.
Pelo contrário, segundo ele, havia uma atividade inicial de "curiosos" que verificavam se a conta estava funcionando e se era usada. Depois eles permaneciam quietos. Segundo o pesquisador, os ladrões ficavam monitorando as contas de e-mail para saber que tipo de informações passavam por elas. Eles se interessavam mais se havia muitas mensagens de bancos ou serviços on line.
As contas também foram sondadas por divulgadores de mensagens não desejadas (spams). Eles se interessam por contas de e-mail que suportam ser usadas para repassar um grande número de mensagens. Leia mais no BBCBrasil

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