terça-feira, 30 de julho de 2019

Empregos formais no setor de transporte urbano aquecem a economia de Feira


No mês em que comemora-se o Dia do Motorista, um bom sinal revelou-se no consolidado do semestre deste ano com saldo positivo de 408.500 empregos com carteira assinada segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados, na última quinta-feira (25), pelo Ministério da Economia.
Alinhado ao melhor resultado nacional para este período, desde 2014, Feira de Santana figura na terceira posição no ranking de municípios baianos com maior número de carteiras assinadas no primeiro trimestre com 272 novas vagas e a criação de mais 442 somente no setor do comércio e 57 no setor industrial.

Mas um setor tem importante parcela de contribuição direta e indireta na manutenção deste balanço positivo, principalmente no setor do comércio: a geração de empregos nos mais diversos níveis de qualificação pelo segmento de Transporte Urbano de passageiros do Sistema Integrado de Transporte (SIT).
No município, além de proporcionar mobilidade para mais de 120 mil passageiros diariamente, a Prefeitura Municipal de Feira de Santana aliada às concessionárias de transporte, as empresas São João e Rosa, são motores de impulsionamento da economia local com a manutenção de mais de mil empregos diretos (1.200 trabalhadores) com carteira assinada.
Em termos dinâmicos, dada à presença difundida deste serviço no processo produtivo, o setor de transporte urbano atua como determinante das atividades de outros setores, vide os dados positivos no  trimestre brasileiro com 1,1 mil novas vagas – segundo a Confederação Nacional dos Transportes (CNT).
O impacto positivo de cada trabalhador empregado nas concessionárias de transporte urbano do município representa uma injeção mensal de R$ 5 milhões na economia. A maior contribuição deste investimento em mão de obra se reverte na ponta ao reter esse fluxo de recursos na própria cidade.
Na prática, a conta é simples: para cada profissional empregado no setor de transporte urbano são gerados três novos empregos indiretos que potencializam outro setor de destaque, o comércio.
Em outras palavras, os efeitos diretos do investimento levam a efeitos indiretos amplos que incluem geração de renda e empregos em diversas indústrias diferentes por meio da compra de insumos e materiais necessários.
Aquecimento da economia
Entre janeiro e junho, o número de contratações (148) foi maior se comparado ao de demissões, e novamente o comércio de Feira se destaca atingindo 620 novos postos de trabalho.
Quem atua na ponta da mobilidade urbana, diariamente, com as mãos no volante, comemorou duplamente e pôde sentir a responsabilidade ao conduzir o desenvolvimento da cidade.
“Essa é nossa luta de todo dia. Faço com amor para sair perfeito”, afirma Eufrásio Mendes de Oliveira [foto acima], motorista há 28 anos.
Amo minha profissão
Surpreso com os dados positivos, Etevaldo Alves de Ataíde, motorista da linha 084-São José via Caldeirão, foi direto ao abordar o assunto. “Amo a minha profissão e sei que ajudamos bastante a população crescer”.
Além disso, há o fenômeno conhecido como ‘economias de aglomeração’: um serviço de transporte coletivo facilita níveis mais elevados de densidade populacional metropolitana e emprego – e isso, por sua vez, movimenta a economia da região, tornando-a mais produtiva.

Por: Andrews Pedra Brana 
Foto: Andrews Pedra Branca

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