No mês em que comemora-se o Dia do Motorista, um bom sinal revelou-se no consolidado do semestre deste ano com saldo positivo de 408.500 empregos com carteira assinada segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados, na última quinta-feira (25), pelo Ministério da Economia.
Alinhado ao melhor resultado nacional para
este período, desde 2014, Feira de Santana figura na terceira posição
no ranking de municípios baianos com maior número de carteiras assinadas
no primeiro trimestre com 272 novas vagas e a criação de mais 442
somente no setor do comércio e 57 no setor industrial.
Mas um setor tem importante parcela de
contribuição direta e indireta na manutenção deste balanço positivo,
principalmente no setor do comércio: a geração de empregos nos mais
diversos níveis de qualificação pelo segmento de Transporte Urbano de
passageiros do Sistema Integrado de Transporte (SIT).
No município, além de proporcionar
mobilidade para mais de 120 mil passageiros diariamente, a Prefeitura
Municipal de Feira de Santana aliada às concessionárias de transporte,
as empresas São João e Rosa, são motores de impulsionamento da economia
local com a manutenção de mais de mil empregos diretos (1.200
trabalhadores) com carteira assinada.
Em termos dinâmicos, dada à presença
difundida deste serviço no processo produtivo, o setor de transporte
urbano atua como determinante das atividades de outros setores, vide os
dados positivos no trimestre brasileiro com 1,1 mil novas vagas –
segundo a Confederação Nacional dos Transportes (CNT).
O impacto positivo de cada trabalhador
empregado nas concessionárias de transporte urbano do município
representa uma injeção mensal de R$ 5 milhões na economia. A maior
contribuição deste investimento em mão de obra se reverte na ponta ao
reter esse fluxo de recursos na própria cidade.
Na prática, a conta é simples: para cada
profissional empregado no setor de transporte urbano são gerados três
novos empregos indiretos que potencializam outro setor de destaque, o
comércio.
Em outras palavras, os efeitos diretos do
investimento levam a efeitos indiretos amplos que incluem geração de
renda e empregos em diversas indústrias diferentes por meio da compra de
insumos e materiais necessários.
Aquecimento da economia
Entre janeiro e junho, o número de
contratações (148) foi maior se comparado ao de demissões, e novamente o
comércio de Feira se destaca atingindo 620 novos postos de trabalho.
Quem atua na ponta da mobilidade urbana,
diariamente, com as mãos no volante, comemorou duplamente e pôde sentir a
responsabilidade ao conduzir o desenvolvimento da cidade.
“Essa é nossa luta de todo dia. Faço com
amor para sair perfeito”, afirma Eufrásio Mendes de Oliveira [foto
acima], motorista há 28 anos.
Amo minha profissão
Surpreso com os dados positivos, Etevaldo
Alves de Ataíde, motorista da linha 084-São José via Caldeirão, foi
direto ao abordar o assunto. “Amo a minha profissão e sei que ajudamos
bastante a população crescer”.
Além disso, há o fenômeno conhecido como
‘economias de aglomeração’: um serviço de transporte coletivo facilita
níveis mais elevados de densidade populacional metropolitana e emprego –
e isso, por sua vez, movimenta a economia da região, tornando-a mais
produtiva.
Por: Andrews Pedra Brana
Foto: Andrews Pedra Branca
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