sexta-feira, 19 de julho de 2019

O erro da Embaixada do hambúrguer

Há sempre alguém para justificar erros de dirigentes políticos sejam eles quais forem. Foi assim no passado, é assim no presente. A nomeação de Eduardo Bolsonaro para Embaixador nos Estados Unidos, é uma delas.
Mesmo relevando-se a piada de ter fritado hambúrguer, a falta de experiência no ramo, a quebra da meritrocracia, mesmo não sendo nepotismo, e estando o Instituto Rio Branco, aparelhado, ainda assim a nomeação é um erro, independente de qualquer razão.
Em um país que está tentando reduzir a maldição do patrimonialismo, Bolsonaro tenta fazer uma  nomeação que nada acrescenta, servindo apenas para dar discurso a oposição- esfacelada pela corrupção-, e trazendo de volta o fantasma da ocupação de cargo por indicação filial ( e Bolsonaro não poderá dizer mais nada sobre isso).
Além disso, é absolutamente inoportuno o momento, pois, fragiliza o governo no instante em que tenta aprovar no Congresso a Reforma da Previdência e outras medidas. Bolsonaro escolheu o pior modelo para resolver seus traumas familiares. 
Caso Bolsonaro filho quissesse ajudar o pai, deveria recusar o cargo; não recusando, o Congresso deveria fazer o que tem de ser feito: não aprovar a nomeação.

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