O nascimento de “Lúcifer”

Há registros antigos que afirmam que já no final do último período glacial, por volta de 10 mil anos, um enorme corpo luminoso semelhante a uma gigantesca lua, se afastava lentamente de nosso planeta. Esse astro, que era visto mais precisamente pela manhã e foi batizado pelos antigos como estrela D`Alva ou estrela Lúcifer que em hebraico significa estrela matutina ou simplesmente o planeta Vênus.

A história da estrela D'Alva é muito estudada pela astrofísica e muitos cientistas como Brian Desborough afirmam que Vênus foi um enorme pedaço de matéria que invadiu nosso espaço e ficou a deriva por entre os planetas telúricos do nosso sistema solar. Parece que a desordem causada por esse astro errante começou por volta 110 mil anos e durou até 10 mil anos o que coincide com o último “Período Glacial Würms”. Talvez tenha sido por isso que o homem de CroMagnon só tenha aparecido há 35 mil anos quando o clima da terra já estava se normalizando.

Segundo os estudos de Desborough, Vênus destruiu a atmosfera e a vida de Marte e passou um período orbitando e se aproximando lentamente do nosso planeta. Num certo momento, a gravidade terrena sugou repentinamente todo o gelo ionizado que cobria a superfície de Vênus provocando assim uma glaciação repentina. Muitos animais não tiveram tempo nem de correr.

Achados arqueológicos confirmam essa hipótese ao localizar animais congelados, ainda com a boca cheia de relva, quando pastavam em campo aberto. Foi Vênus, afirmam os físicos, que trouxe devastação, catástrofes, frio e gelo ao nosso planeta tropical.

Até o século IV da era Cristã, o nome Lúcifer era um nome como outro qualquer e não tinha nada de diabólico tanto é que havia até um bispo católico chamado Lúcifer de Cagliari. Esse Bispo brigou com o Papa e, pouco depois, quando S. Jerônimo traduziu a Bíblia do Grego para o Latim, em Isaias 14, ele trocou "Estrela da Manhã" por Lúcifer (Lúcifer em Latim realmente quer dizer "Estrela da Manhã").

Note que a expressão "Estrela da Manhã" é usada, na Bíblia, várias vezes, para indicar Grandeza e, em Apocalipse, a expressão "Estrela da Manhã" também faz referência Jesus.

As Bíblias que não são baseadas na tradução de S. Jerônimo, simplesmente, não tem a palavra Lúcifer.

Immanuel Velikowsky em seu livro "Mundos em Colisão" escreveu “cheguei à conclusão - acerca da qual já não tenho dúvidas - de que foi o planeta Vênus, quando era ainda um cometa, que causou as catástrofes e o Exodus citados na Bíblia”.

Posteriormente, Santo Agostinho achou por bem criar a fábula da revolta dos anjos contra Deus para dar uma conotação demoníaca a palavra Lúcifer. Pouco depois, no século V, início da Idade Média, o nome Lúcifer passou a ser relacionado ao anjo chefe dessa imaginária rebelião. Essa fábula se tornou tão popular entre os religiosos que muitos acreditam, até hoje, que ela está na Bíblia.

Ainda bem que espiritismo não é religião.

Conrado Dantas