sexta-feira, 19 de abril de 2013

Populismo demagógico



         Leis mal formuladas, sem regras claras e sem absolutamente nenhum estudo prévio. 37 ministérios e 400 mil funcionários no Distrito Federal. 26 estados, cinco mil municípios, com suas respectivas representações legislativas, traduzidas em vereadores, deputados estaduais, federais e senadores.  Todos recebendo salários astronômicos para prestar total desserviço e até fazer troça com os cidadãos.
Esse é o retrato do Brasil. Um país onde analfabetos ignorantes podem votar e ser votados, e a elite intelectual e pensante se mantém afastada da política, os ricos fazem o que querem, os pobres sofrem e se contentam com migalhas, e a classe média, como sempre, tem horror a pobre e busca alucinadamente fama, riqueza e poder, custe o que custar. O cenário perfeito para o jogo perverso da demagogia e do populismo perpetrado por políticos, bandidos de cartola.
Nesse jogo, os imbecis, ignorantes, são manipulados e levados à mais extrema miséria, os piores sofrimentos, de forma que, quando alguém aparecer a lhe oferecer alguma migalha, fiquem muito felizes e gratos, e os tenham na conta de grandes benfeitores samaritanos. Não percebendo, coitados, que foram justamente aqueles que lhes tiraram tudo a que tinham direito e os jogaram na extrema miséria.
Temos agora a questão da estiagem prolongada no Nordeste, um fenômeno natural cíclico, conhecido desde os tempos de Cabral. Todos sabem o que fazer para evitar sofrimento quando o fenômeno acontece, mas é quando ele se manifesta que aparecem os salvadores da pátria a distribuir carros pipa e cestas básicas, prometendo obras imediatas para que o sofrimento não se repita. O mesmo se dá nas regiões Sudeste e Centro Oeste, onde as enchentes arrasam cidades, matam milhares de pessoas e destroem as plantações.
É a classe política a principal responsável pela escorchante carga tributária que faz com que os cidadãos trabalhem quatro meses do ano apenas para pagar impostos que deveriam retornar aos cidadãos em forma de obras e serviços, mas não é o que acontece. E num afã demagógico jogam nas costas dos empreendedores, além dos impostos, encargos sociais que desestimulam o emprego.
 É o que ocorre agora com as empregadas domésticas. A maioria, que já foi muito explorada por maus patrões, vibra com os novos direitos empregatícios adquiridos, sem perceber que vão gerar desemprego para elas e jogá-las mais ainda à margem da sociedade. Terão que trabalhar muito mais e sem direito algum, se quiserem sobreviver.
Mas para isso os governantes  contam com o programa Bolsa Família, que paga uma merreca para que os preguiçosos sobrevivam sem trabalhar e, felizes da vida, com futebol e cachaça o ano inteiro, possam esperar pelo dia de votar em seus benfeitores.

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