segunda-feira, 10 de junho de 2013

Brasileiros no exterior ainda são 'invisíveis', diz antropóloga americana

Desde os anos 1980, quando hiperinflação, desemprego e baixos salários impulsionaram a primeira grande leva de emigrantes a deixar o Brasil em busca de oportunidades no exterior, milhões de brasileiros rumaram para países como EUA, Inglaterra, Portugal, Espanha, Itália e Japão.
A evolução do perfil desses imigrantes - e das comunidades que formam no exterior - é o tema do livro Goodbye, Brazil: Émigrés from the Land of Soccer and Samba, que acaba de ser lançado nos EUA pela antropóloga americana Maxine Margolis e deve chegar ao mercado brasileiro no segundo semestre, com o título Goodbye, Brasil: Emigrantes Brasileiros no Mundo.
Professora emérita da Universidade da Flórida, Margolis é pioneira no estudo de imigrantes brasileiros e uma das maiores autoridades do mundo no assunto.
Começou a estudar os brasileiros que viviam nos EUA em 1989 e tem outros dois livros sobre o tema: Little Brazil: Imigrantes brasileiros em Nova York, de 1994, e An Invisible Minority: Brazilians in New York City (Uma Minoria Invisível: Brasileiros em Nova York, em tradução livre), de 1998.
No novo livro, ela diz que resolveu compilar pesquisas de diversos acadêmicos para traçar um panorama global da diáspora brasileira. Além de EUA e Europa, o livro aborda as comunidades de brasileiros no Japão, Austrália, Nova Zelândia e países latino-americanos.
Maxine Margolis
Maxine Margolis é autora de vários livros sobre imigrantes brasileiros
Margolis diz que, com a crise nos países desenvolvidos, hoje há mais brasileiros retornando ao país do que indo ao exterior. O Itamaraty calcula em cerca de 30% a redução do número de brasileiros no exterior desde 2008, apesar de afirmar que é difícil chegar a números exatos, em parte devido ao fato de muitos estarem em situação irregular.
Segundo a antropóloga, os que permanecem no exterior ainda são a "minoria invisível" que ela abordava em seus trabalhos anteriores. Leia os principais trechos da entrevista que Margolis concedeu à BBC Brasil em Nova York, onde mora.



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