sexta-feira, 14 de junho de 2013

Governo do Estado nos dá o que não pedimos nem queremos



            Nas conversas e discursos feitos em palanques ou através da mídia, o governador Jaques Wagner demonstra ter um bom entendimento com o prefeito José Ronaldo, dando a entender que as diferenças políticas ficaram nos palanques da campanha eleitoral, e que, embora o seu candidato a prefeito, hoje líder do seu governo na Assembleia Legislativa, deputado Zé Neto, tenha sido derrotado por Ronaldo no primeiro turno, a cidade não sofreria retaliações por parte do seu governo. Mas, na prática, não é o que acontece.
            A presença do governo estadual em Feira de Santana é pífia, não atende em nada às expectativas da população e, pelo contrário, traz para a cidade o que a população não pediu nem quer, como o Hospital de Custódia, que o deputado Zé Neto, sem ter como desdizer o que disse antes, tenta sofismar (uma forma disfarçada de mentira), alegando que é um “hospital para drogados”.
            Se assim o fosse, ainda seria um equívoco, um gasto desnecessário, pois a cidade dispõe de diversas ONGs que tratam de drogados, como a Fazenda Esperança, ligada à Igreja Católica, o Crer, ligado ao movimento evangélico. Além disso, o poder municipal mantém um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) para tratamentos de alcoólicos e drogados. Bastaria ao governo do Estado firmar convênio com estas instituições para lhes dar apoio fornecendo profissionais e medicamentos, ou alguma verba para auxiliar nas despesas, que são muitas. Um Hospital para drogados seria apenas mais um cabide de emprego que pouco ou nada ajudaria a resolver o problema das drogas que hoje é o flagelo das famílias brasileiras.
            Isto posto, vamos ao que a cidade precisa e a população deseja: Na área de Saúde, a cidade precisa de um novo hospital Geral e de uma grande maternidade, que poderia funcionar muito bem no Hospital Estadual da Criança, transformado num complexo materno infantil. É sempre bom lembrar que a população não queria um Hospital da Criança, mas sim um Hospital para Queimados.
            Mas o governador vem aqui, faz festa com o dinheiro do governo Federal, distribui máquinas que ele não comprou, e deixa Feira de Santana de fora. E cinicamente, convida o prefeito Ronaldo a entregar uma das tais máquinas, que ninguém sabe como estão sendo utilizadas, se na abertura de aguadas para os pequenos produtores rurais, ou limpando os pastos das fazendas dos “coronéis” aliados do seu governo.
            A cidade precisa da efetivação da sua Região Metropolitana, do Polo de Logística, do Aeroporto, do Centro de Convenções, do CIS Norte, de uma ferrovia ligando ao porto de Aratu, e tantas outras obras que dependem unicamente da boa vontade do governo do Estado, que promete mas, não cumpre. São sete anos de promessas que nunca saíram do papel. Chega de promessas e mentiras!

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