terça-feira, 17 de abril de 2012

alex Ferraz

SURREAL
Enquanto o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor registra crescimento de 4,9% em março de 2012, na comparação com fevereiro deste ano, o governo continua incentivando o consumo desenfreado. Insistem em inflar a bolha. Até quando?
 
A caçada, a queda e os inimigos do rei
 
Notícia que se espalhou pelo mundo, ontem: o rei da Espanha, Juan Carlos, caçava elefantes e caiu do cavalo, fraturando a bacia. O fato gerou protestos dos espanhóis, não necessariamente sob o ponto de vista de proteção à natureza ou coisas que tais, mas porque a caçada do rei custou o equivalente a cerca de R$ 70 mil aos cofres públicos.
Protesto compreensível. Vejamos: se R$ 70 mil podem quase nada significar quando o assunto é realeza e/ou governos, a quantia é fortemente simbólica quando gasta por um país que vem enfrentando incríveis dificuldades econômicas, com altíssimo índice de desemprego.
O gasto supérfluo do rei – para cometer crueldade contra animais em risco de extinção, inclusive – é de um significado chocante diante da alegada crise europeia, especificamente da Espanha. Como já disse aqui outras vezes, o arrocho nas economias da Europa é mais um daqueles “ajustes” que servem para dizer o seguinte à sociedade: nada de benefícios sociais “em excesso”. Ou seja, quem pode gastar são os governos, mas em prol dos governantes e seus asseclas, e na hora que a corda se rompe, obviamente quem paga é o lado mais fraco, o povo.
Assim é que, enquanto cortam aposentadorias, aumentam impostos e impõem outras medidas drásticas para “sanar as finanças públicas”, as autoridades europeias, a exemplo deste episódio do rei Juan Carlos, prosseguem sem abalar seu privilégios.
Até parece um certo país muito conhecido nosso, pleno de belezas tropicais e dono do maior Carnaval do mundo, onde autoridades e parlamentares seguem nababescamente, enquanto se cortam reajustes das aposentadorias, alegam falta de dinheiro para saúde e segurança pública etc. Triste, chocante, mas puramente real.
 
Os bancos e a
insegurança (I)
Abarrotados de dinheiro, lucrando fortunas incalculáveis a cada semestre, os banqueiros fecham os olhos para a segurança dos seus clientes.
Gastam, quando gastam, quantias pífias no setor e ir ao banco está se tornando, cada dia mais, um momento de alta tensão.
 
Os bancos e a
insegurança (II)
Isso me faz lembrar a piada clássica:
O sujeito vai pedir empréstimo num banco e, mesmo discorrendo uma série de problemas sérios que pretendia resolver com o dinheiro, recebe negativa peremptória do gerente. Este aproveita a ocasião para fazer um teste e fixa o olhar no cliente:
- Tenho um olho de vidro e sempre pergunto às pessoas com quem converso se elas notaram qual é. O que senhor diz?
E o cliente, com ar sofrido e resignado:
- O direito, claro...
-Como o senhor descobriu, questiona o gerente.
E o cliente:
- É que tem um olhar bem mais humano...
 
Frase:
“O dinheiro não nos traz necessariamente a felicidade. Uma pessoa que tem dez milhões de dólares não é mais feliz do que a que tem só nove milhões.” 
(H. Brown, 1894-1951, industrial norte-americano)
 
A bagunça
continua (I) 
Na manhã de ontem, um cidadão chegou às 7 horas ao cartório do 9º Ofício, no Itaigara, para reconhecer uma firma. Pegou ficha e foi torturado por uma espera que durou até as 11h30.
Como se vê, a privatização dos cartórios nada resolveu. Salvo, quem sabe, para os donos, que continuam abarrotando os cofres enquanto tratam seus clientes como animais. Isso precisa acabar!
 
A bagunça
continua (II) 
Cabe perguntar: quem, finalmente, tem autoridade para obrigar esses cartórios a funcionar com decência?
Será possível que a população continuará sofrendo esse tipo de tortura indefinidamente? Qual o secreto poder dos cartórios para impedir que sejam adotadas providências drásticas contra a baderna?
 
 
Apelam para
a mordaça (I)
 O desembargador Newton De Lucca, presidente do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3), diante da montanha de denúncias que abalam sua corte (como, de resto, boa parte da Justiça no País), entregou-se agora a uma cruzada: defende “irrestritamente” a criação de um “habeas mídia”, segundo sua definição um mecanismo que seria usado para “impor limites ao poder de uma certa imprensa”.
Ou seja: mais uma vez querem, como outras autoridades, culpar a imprensa pela divulgação das imoralidades que cometem.
 
Apelam para
a mordaça (II)
 Aliás, comenta-se que aquela ala xiita do PT (Zé Dirceu & Cia) retomou movimentações para reacender o “debate” sobre a necessidade (sic) de controle “social” da mídia.
Imaginem o que deve ter de bomba ainda prestes a explodir por aí, o que certamente tem causado muito medo a certos petistas que pretendem ficar décadas no poder. Huum!
 
1 CIRCO - O público interessado em conferir à apresentação AbraKadabra do Circo Tihany Spetacular pode adquirir seus ingressos no ponto de venda no piso L2 do Salvador Norte Shopping. As sessões acontecem de segunda a quinta, às 21h, sexta e sábado, 17h e 21h, domingos e feriados 16h e 20h, na Av. Paralela.
 
2 PASEO - O Shopping Paseo informa que no feriado de Tiradentes, no dia 21 (sábado), funcionará normalmente, das 9h às 21h. O CineVivo também funciona sem alterações, de acordo com a programação no site do Circuito Saladearte.
 
3 COPA - Restam poucas vagas para o seminário “Salvador e os Megaeventos Esportivos: Como Financiar o seu Projeto”, hoje, no auditório da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB). Inscrições:  www.copa.salvador.ba.gov.br.
 
4 ESCRITORES - A União Brasileira de Escritores – UBE/BA participará, nos dias 19 e 20 próximos, através do seu coordenador, jornalista Carlos Souza, do II Encontro de Entidades Culturais e II Encontro de Escritores da UBE/PB, em João Pessoa.

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