Começou o festival de mentiras e
promessas que assola o país em anos eleitorais. O pior é que tem muita gente
que ainda da atenção e acredita no que houve e no ver pelo rádio ou pela TV
durante o tal horário eleitoral gratuito. Mas, todo mundo tem o direito de
acreditar no que quiser, inclusive em papai Noel e na fada do dente. O que me
incomoda mesmo é essa história de “horário gratuito”.
Gratuito pra quem cara pálida? Os
partidos e os candidatos investem fortunas má criação de campanhas
publicitarias para levar suas menti..., digo mensagens aos eleitores. As agências
de publicidade faturam verdadeiras fortunas nesse processo, bem como os
profissionais que nelas trabalham. Contudo, os veículos de comunicação,
responsáveis por levar essas mensagens ao público, tem preciosos minutos
tomados dos seus horários nobres sem receber por isso um centavo se quer. Onde
está a tal gratuidade então?
Os governos em geral têm o poder de
exigir sacrifícios dos cidadãos para a realização de obras e ações que julguem
necessárias e não hesita em tomar dos veículos de comunicação cerca de dois
meses do faturamento do horário nobre, o que, ao nosso ver, é uma coisa
injusta. Porque apenas esse setor perde com o tal horário eleitoral gratuito
enquanto outros faturam milhões, a exemplo das gráficas e empresas de outdoor e
plotagens.
Aliás, para bancar a farra eleitoral o
governo também não tem o menor escrúpulo em convocar cidadãos para trabalhar no
dia das eleições. Fiscais e mesários são convocados no meio dos eleitores e
trabalham cerca de 12 horas ininterruptas, pois se quer lanche ou almoço lhes
são servidos e quando isso acontece é de péssima qualidade. Essas pessoas não ganham nada por esse
trabalho pesado e ainda são ameaçadas com perdas de direitos civis e até prisão
caso não obedeçam a convocação. Agora, eu pergunto: Isso é justo, senhora
Justiça?
O processo eleitoral em si está
totalmente defasado e desacreditado no Brasil. Mas, sempre que se aproxima as
eleições ouvem-se as promessas de uma reforma ampla para modernizar e tornar o
processo mais justo para todos. Contudo isso nunca acontece. Apenas uma
modificação aqui ou outra ali, mas, que não atende nem de longe às expectativas
de quem sonha com uma reforma política e eleitoral de verdade.
Esse processo de deterioração da
política no Brasil não é coisa de agora. Vem de anos. Há décadas, quando os
políticos perceberam o desgaste provocado pelas suas mentiras e falsas
promessas estava afastando os eleitores das urnas, foram buscar votos no seio
da população analfabeta, dando-lhes o direito de votar e serem votados. Mas,
mesmo assim, o desgaste continuou e cada vez mais eleitores se afastam da política,
dos políticos e das eleições.
Atualmente já foi dado o direito de
votar aos menores a partir de 16 anos. E há nisso um contrassenso, porque eles
podem votar, mas, não podem ser votados e também não podem ser processados
criminalmente. Porém, mesmo estes não
demonstram muito entusiasmo em ir às urnas.
Quem sabe os políticos dentro de mais
alguns anos consigam votos entre a população infantil?
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