Como dizem os
estudiosos do assunto, historicamente falando a 'traição' sempre existiu. Segundo
o Dr. Amaury Mendes Júnior, médico ginecologista com pós-graduação em terapia
sexual, embora considerada moralmente errado em diversas sociedades, ela
persistia talvez por causa de uma propensão inata para o comportamento polígamo
dos seres humanos. Entre os antigos hebreus uma mulher tinha de ser virgem, na
noite de seu casamento e depois permanecer fiel para sempre a seu leito
conjugal. Porém, aos homens era permitido o acesso sexual a prostitutas,
concubinas, viúvas e criadas domésticas. Só lhes era interditado o
relacionamento sexual com mulheres casadas, pois, Deus dizia: Não cobiçarás a
mulher do próximo. Certamente foi esta a razão pela qual a proibição divina do
adultério foi incluída nos 10 mandamentos, a tendência inata dos homens para a
infidelidade.
Também é dito
que um (a) bom (a) amante é capaz de salvar um casamento que não tem mais
sabor, pois é capaz de anestesiar a crise, melhorando um pouco à tensão no lar.
O sexo entre os seres humanos racionais deixou de ser puramente reprodutivo
significando hoje em dia domínio, submissão, poder, aceitação, profissão e até
mesmo amor, diz ele.
O
comportamento poderoso do hormônio testosterona faz com que o homem procure uma
mulher para alívio de sua tensão sexual. Os homens tendem a excitar-se
sexualmente com mais rapidez do que as mulheres. Esta impulsividade dos homens
faz com que haja uma probabilidade maior de adultério por parte destes. Em
geral as mulheres buscam amor e apoio, já os homens buscam uma frequência e uma
variedade maior de parceiras. Eles dizem que precisam variar o cardápio.
Em todas as épocas
a sociedade sempre castigou as mulheres e eximiu os homens de penalidades,
sendo inclusive considerado sinal de virilidade possuir muitas mulheres.
Steinberg, psicólogo norte americano, explica todo relacionamento entre um par
como um triangulo, nomeando os vértices como amor, sexo e objetivos. No início
de um relacionamento o que mais rola é sexo, depois entra o amor e por último
os objetivos.
Porém sexo é
um tipo de relacionamento importante e equilibrado em que as trocas precisam
ser exatamente iguais, ou seja, o par precisa sentir-se querido e amado em
igual intensidade. O problema é que temos libido diferente uns dos outros, e se
as recusas forem constantes, a autoestima do outro vai lá em baixo. É mais
fácil trocar de parceiro que terminar com o sonho do amor ideal que existe
dentro de todos nós, diz ele.
O médico diz
ainda que nas crises, ou quando a paixão diminui, devemos sempre através do
dialogo franco rebuscar o amor, pois é a única maneira do casal iniciar um novo
ciclo de convivência. Magoas ou fingimentos não levam a nenhum crescimento,
podendo mesmo ocorrer o rompimento de uma relação ou a infidelidade, pois a
incompreensão mútua diminui a autoestima e o desejo sexual. “Um procedimento
muito simples pode ajudar você a superar suas crises conjugais: Nunca vá dormir zangado com seu par, você terá pesadelos”,
conclui.
De minha parte, acredito que quando o amor é puro e
verdadeiro, se sobrepõe a tudo e a todos e chega o momento em que o parceiro
não mais sentirá necessidade de experimentar outros pratos, porque descobre que
o melhor mesmo é aquela deliciosa comidinha caseira. Cabe a nós cuidarmos do
tempero.
Maura Sérgia
Maura Sérgia
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