Por uma chance à paz, a Secretaria de
Prevenção à Violência e Promoção dos Direitos Humanos (Seprev)
deflagrou, na manhã desta quinta-feira, 13, a campanha “Feira Pede Paz”,
ação que envolve todas as secretarias do Governo Municipal, indignado
com a escalada da violência que, só este ano, já ceifou 295 vidas na
cidade, vitima de assassinatos.
Aberta oficialmente na “Casa da Paz”, um
stand armado no canteiro da Avenida Getúlio Vargas, com a presença do
prefeito Colbert Martins Filho e todo o secretariado, representantes da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e de segmentos religiosos, a
campanha “Feira Pede Paz”, será levada às escolas da rede
pública, praças e bairros da cidade, através de uma caravana
motivacional.
A Caravana da Paz tem como símbolo um
origami em formato de pomba, que está sendo distribuído e multiplicado
em oficinas itinerantes que ensinam como confeccionar as peças, a partir
de uma folha retangular de papel branco.
O movimento consiste ainda em
distribuir bottons, adesivagem e plotagem de carros com a marca da
campanha, bem como levar mensagens alternativas sobre a cultura da paz, a
exemplo de apresentação de vídeos e abordagens sobre o tema.
Meta é mobilizar a comunidade feirense
O secretário Pablo Roberto Gonçalves
(Seprev), reiterou que “a campanha tem como meta mobilizar a comunidade
feirense a fortalecer a cultura da paz e a não violência, além de
refletir sobre como podem promover a paz em seus espaços de
convivência”.
“Nós precisamos nos indignar contra esta
violência para construir, em nossa cidade, uma cultura de paz. Todo o
dia se reclama nas emissoras de rádio locais, sobre a quantidade de
buracos que há nas ruas, mas não se vê ninguém se levantar contra as 295
mortes por assassinatos que já ocorreram. É que a gente só reclama da
violência quando ela ocorre perto da gente, e no dia seguinte ao
desespero, a vítima passa a contar nas estatísticas policiais”.
Testemunho emociona o prefeito
Indignou-se o prefeito Colbert Filho
(foto), após ouvir o testemunho emocionado de Laion Guimarães, que se
antecipando à sua fala, narrou o drama vivido por seu pai, abandonado
numa estrada periférica da cidade, depois de ter sido assaltado e
colocado no porta-malas do próprio carro. “Desde então”, contou Laion,
“meu pai passou a conviver com os traumas psicológicos decorrentes da
brutalidade de que foi vítima.
Invocando a Constituição Nacional, Colbert
Filho enfatizou a responsabilidade do Governo do Estado em promover as
ações de prevenção e de segurança para os cidadãos: “Quem morre mais são
pobres, jovens e negros, e para mudarmos isso nós temos que estar
juntos”, disse.
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