segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Colbert Martins tem um mandato para chamar de seu

Com 164.831 mil votos dos feirenses, Colbert Martins, elegeu-se prefeito de Feira de Santana em sua mais significativa vitória, e com a maior votação de sua carreira. A disposição, envolvimento, e uma postura mais decidida,  de sua campanha e uma mobilização do feirense na reta final , conferiram um mandato para chamar de seu ao atual prefeito. 

Evidente que deve encontrar uma Câmara mais ativa, e uma oposição que deu 138.073 votos ao deputado Zé Neto, mas tem por obrigação criar um governo com agenda nova, e novos envolvidos nesse processo administrativo que sejam capazes de melhrar os péssimos serviços da cidade.

A grande dificuldade será estabelecer limites na parceria com José Ronaldo.

Resumo eleitoral I

O cansaço do Ronaldismo gerou o segundo turno; o antipetismo lhe deu a vitória. 

Resumo eleitoral II: o jogo da sucessão estadual


Rui Costa contava com a vitória nos dois maiores colégios eleitorais depois de Salvador para aumentar seu cacife na eleição de 2022 em que o PSD, do Senador Otto Alencar, deve ter candidato próprio, afinal, o partido ganhou musculatura enquanto o PT perdeu. 

As coisas não deram certo para Rui Costa que perdeu em Feira, Conquista, ficando com os 32 prefeitos que elegeu no primeiro turno. Em compensação, ACM Neto,  emplacou o prefeito de Salvador e dois aliados do MDB, em Feira e Conquista.

O PSD tem 105 prefeituras( cresceu 24). O PP ficou com  86 (cresceu 31).  O DEM ficou com 37 ( 1 a menos). O PT com 32  e o PSB com 29 prefeituras. São os cinco partidos com mais cidades sob seus domínios. 

O DEM, no entanto, foi a legenda que mais recebeu votos, com 1.581.991 eleitores . O PSD foi o segundo com 1.491.257 votos nos seus candidatos a prefeito. O PT ficou em terceiro com 1.257.771 já incluida a votação de Zé Neto, em Feira. Já o PP obteve 1.026.769 votos. O MDB surge entre os cinco com 655.370 votos já incluída a votação obtida em Feira de Santana e Vitória da Conquista. 

As duas derrotas de ontem embaralharam  o cacife de Rui e deram folêgo a ACM Neto. 

Resumo eleitoral III: a onda final que deu a vitória a Colbert


Foi uma eleição empolgante como não víamos há 24 anos. Depois de sair atrás no primeiro turno e ver seu adversário superar uma marca histórica de votos, Colbert Martins, do MDB, virou o jogo e ganhou a eleição por 26.758 votos.

Evidente que a mudança de estilo de campanha, com perfil mais moderado, e inclusão de um empresário em sua chapa, fez Zé Neto ( PT) crescer e obter uma votação significativa, a maior das cinco vezes em que disputou o cargo. É claro,  também, que as desagregações que promoveu no passado cobrou seu preço no entusiasmo do grupo e limitou seu crescimento, em parte alimentado pelo cansaço da liderança de José Ronaldo ( DEM), um sentimento alardeado pela cidade. 

Definido o segundo turno e a possibilidade real de vitória do PT, o que se viu foi o despertar de um sentimento inverso capitaneado por dois acertos da campanha de Colbert. Em primeiro, o protagonismo que assumiu na campanha, chamando para si a responsabilidade, reafirmando que era o prefeito e que só tinha dois anos de mandato e descolando-se do legado de vinte anos que o adversário havia colado no primeiro turno. Em segundo, o despertar do sentimento de antipetismo que levou a um esforço muito maior de seus partidários - antes, acostumados a uma vitória sem muito esforço-  um trabalho intenso, e disposição de muitos feirenses que decidiram lutar pela vitória de Colbert e foram em busca de votos, inclusive publicamente, gerando a onda final que fez a virada e a vitória do candidato do MDB. 

Escrevemos aqui no site, no sábado, que  aquele que tivesse  mais disposição, vontade, ação, e firmeza, na reta final, levaria a eleição. 

Estavamos certos. Colbert venceu. 

Resumo Eleitoral IV: publicitário Xiko Melo vence prova de fogo na campanha de Colbert


Com longa passagem pelo marketing político e a experiência de cinco campanhas anteriores do grupo de  José Ronaldo- todas vitoriosas- e com campanhas fora do Estado como a de Ronaldo Caiado, em Goiás, o publicitário Xiko Melo enfrentou o maior desafio da carreira nessa campanha, em Feira. Não só porque tinha um adversário em crescimento, mas pela fadiga de material do longo tempo de ocupação do poder pelo mesmo grupo.

Em uma campanha sem comícios e sem corpo a corpo por conta da pandemia as redes sociais e o tempo de TV se tornaram cruciais. Depois de sair atrás no primeiro turno o marketing optou por uma jogada arriscada, mas decisiva: reduzir a participação de Ronaldo e tornar Colbert protagonista da campanha. Imagino que uma decisão desse tipo não deve ser fácil de ser tomada dentro de uma campanha de tempo curto, sem margem para recuperações,  e com atores políticos experientes. Foi uma jogada muito importante e que deu certo. 

Xiko Melo venceu sua sexta campanha e prova de fogo. 

Publicado no Tribuna Feirense.

 

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