domingo, 8 de novembro de 2020

Digo não ao karatê!

Não há o que discutir, o futebol é o esporte mais popular do planeta e no Brasil ele extrapola, chegando a ser tão necessário a grande parte da população como o alimento e a água. Todavia houve época em que, principalmente devido aos filmes de hollywood mostrando as empolgantes lutas de karatê, houve uma guinada expressiva de desportistas para as lutas marciais.

 As academias se multiplicavam e os caratecas também. Naturalmente que nas grandes cidades tudo é mais fácil, ao contrário do que ocorre nas pequenas comunidades. Assim sendo alguns jovens conhecendo o karatê, via cinema, resolveram levar essa atividade esportiva para onde moravam.  Tinham feito contatos com bons mestres que estavam dispostos a introduzir a prática dessa luta, de origem asiática, naquele rincão.

Entusiasmados, debateram o assunto, definindo o nome que dariam à associação, dias e horários  de funcionamento, valores que seriam cobrados aos associados, enfim tudo certo, só faltava uma coisa: o local onde funcionaria a entidade. Eles não contavam com uma área adequada, um espaço com as dimensões e a estrutura necessária para a prática das aulas. Um dos jovens sugeriu então procurar o prefeito, certo que ele iria entender a iniciativa e ajudá-los.

O assunto foi logo colocado em pauta,  discutido e aprovado em regime de urgência. No dia seguinte cinco jovens, saudáveis  e bem intencionados, dirigiram-se à Prefeitura, localizada em uma antiga  casa residencial que nada tinha em comum com os belos prédios que abrigam a sede do Executivo em muitas  cidades.

Anunciados, logo foram convidados a ter acesso ao gabinete do senhor prefeito.  Explicaram o motivo da visita sem deixar de ressaltar a importância do karatê, não apenas como atividade física, mas também  do ponto de vista social. O prefeito, que jamais tivera aptidão para as práticas esportivas, malmente sabendo o que era o futebol, ao ouvir as explicações sobre o karatê, foi direto: ”ora meus jovens, com a violência que o mundo experimenta hoje vocês ainda me trazem essa proposta?

Não, eu digo não! Digo não ao karatê! Se é para o CARA TER violência é  melhor NÃO TER ! Audiência encerrada!

 

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