sexta-feira, 30 de março de 2012

São nossos empregados, mas não agem como tal


Eu aprendi e vivo repetindo isso, mas as pessoas insistem em tratar políticos, como nossos patrões, como nossos superiores. Por isso, tanta distorção, tanta corrupção e tanto roubo. Nós, cidadãos, que pagamos impostos, pagamos os salários dos políticos para que eles façam para nós os serviços que não podemos fazer porque não temos tempo ou vocação para tal. Tais serviços incluem, no caso do Executivo, dotar nossas comunidades, sejam urbanas ou rurais, de infraestrutura, com ruas pavimentadas, esgotos, rede elétrica, escolas, hospitais, segurança pública, etc. Ao Legislativo cabe elaborar as leis necessárias para o bom andamento dos trabalhos, tanto dos políticos quanto dos cidadãos. E ao Judiciário, zelar e fazer cumprir as leis.
            Mas por conta da nossa apatia em exercer a nossa cidadania, eles fazem o que querem e acham que devemos obedecer cegamente e tudo aceitar pacificamente. Vejam agora o que acontece em Feira de Santana. O Instituto Pensar Feira, composto por cidadãos da elite das classes produtoras (empregados e empregadores), foi fundado para cobrar dos políticos que façam aquilo que esperamos deles, ou seja, cumpram com as suas obrigações, pois nós os pagamos para isso.
            Uma das principais reivindicações do Instituto é que o poder municipal, independente de quem está no poder, atualize e cumpra o Plano Diretor do Município. Isso significa dizer que o prefeito não pode ir construindo ou liberando construções, aleatoriamente, sem cumprir as diretrizes legais previstas no Plano Diretor. Por exemplo: Novos empreendimentos imobiliários só podem ser liberados após estudos prévios de impacto ambiental, com ruas bem dimensionadas, e toda infraestrutura para o bom escoamento dos esgotos e escoamento do tráfego de veículos.
Recentemente circulou a informação de que Feira de Santana poderá perder o seu aeroporto em razão da construção de um aterro sanitário de grande porte dentro da área de segurança do equipamento (8 a 9 quilômetros). A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) teria solicitado parecer técnico sobre a possibilidade de continuar com as obras do tão esperado aeroporto de Feira de Santana. A construção de um novo aterro sanitário poderia parar todas as obras e impedir o funcionamento do aeroporto de Feira, segundo informações de funcionários da agência. Porque a prefeitura liberou a construção do aterro? Pergunto eu.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Antonio Carlos Daltro Coelho, informa que não há nenhum pedido de licença na secretaria com esse objetivo. Talvez por conta disso, a licitação do Aeroporto, que aconteceria ontem (29), foi adiada pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) para o dia 26 de abril.

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