sexta-feira, 2 de março de 2012

“Tu és pó e ao pó retornarás”

             Os gregos, há cerca de 600 anos antes de Cristo, já realizavam seus festejos e cultos para agradecer aos deuses pela fertilidade dos seus campos e pelas boas colheitas. Cerca de 600 anos depois de Cristo, passou a ser uma festa adotada pela Igreja Católica com o nome de Carnaval, oriunda do latim “Carnis Velles” (prazeres da carne). Esta festa antecedia a quaresma, que começa logo após o Carnaval, na “Quarta-Feira de Cinzas”.

A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que tanto a Igreja Católica, quanto outras igrejas cristãs marcam para preparar os crentes para a grande festa da Páscoa. Durante este período os seus fiéis são convidados a um período de penitência e meditação, por meio da prática do jejum, da caridade e da oração.

Eu sempre digo que não fossem os esforços dos religiosos em buscar constantemente despertar o ser humano da ilusão em que vive e buscar o seu aprimoramento espiritual, o planeta já teria explodido numa bola de fogo, fruto da insensatez e barbarismo do ser humano, que domina tecnologias futuristas, mas ainda mantêm sua mente e seu coração na idade da pedra lascada.

A Quarta-Feira de Cinzas vem nos lembrar do que disse Deus a Adão no Paraíso, fazendo-o consciente de que foi feito do pó, e ao pó retornaria. Nosso corpo não é imortal, mas nossa alma é. E a Quaresma é uma época muito especial para nos lembramos disso e estarmos sempre gratos a Deus pelo dom da vida material e pelo nosso espírito imortal.

É uma época em que devemos estar sempre atentos a todas as possibilidades de ajuda, de resgate e de esclarecimento dos nossos irmãos, vivos ou mortos, que ainda vivem momentos de loucura, fuga de si mesmo, arrependimento, enfim, que estão estagiando nas trevas criadas por eles mesmos. É essa a oportunidade de resgatarmos aqueles que tocados por esse período de penitência e meditação, se desvinculam de seu sofrimento íntimo e rogam por socorro.

É por esse e por vários outros motivos que toda religião ou crença tem seu valor, sua necessidade de existir e todos estão certos dentro do que acreditam. E como Deus não nos desampara em momento algum, a sua misericórdia nos chega através das mãos daqueles que nos possam atingir.

Devemos ter sempre a fraternidade em nossos lábios e aproveitar a época oportuna e orar pela humanidade. Se já o fazemos, continuemos com nossas preces nos unindo agora aos nossos irmãos para que o amor esteja sempre presente em nossos corações. O objetivo da religião é conduzir o homem a Deus. O homem não chega a Deus senão quando está perfeito. Portanto, toda religião que não torna o homem melhor, não atinge seu objetivo. Temos exatos 36 dias para meditarmos sobre essas coisas.

Com dados de textos históricos, católicos e espíritas, e opiniões pessoais


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