O Bando Anunciador da Festa de Santana
sai neste domingo (19), às sete horas, da frente do Centro Universitário de
Cultura e Arte (Cuca), percorrendo seu tradicional percurso. Resgatado pela
Universidade Estadual de Feira de Santana, após ficar vários anos sem sair,
esta manifestação popular é uma prova inconteste de que quando o povo quer, o
povo faz. Este ano, o governo cortou verbas da UEFS, que se encontra numa crise
financeira sem precedentes, e o CUCA cancelou diversos eventos, como o Festival
de Sanfoneiros e a Caminhada do Folclore. O Bando anunciador só não foi
cancelado porque quase não carece de investimento. Até o café da manhã, este
ano será patrocinado. O governo não vai gastar nada. A festa, quem faz é o povo
de forma espontânea, voluntária, com o espírito alegre e festeiro inerente aos
baianos. Melhor assim. Não podemos ficar dependendo de governo ou de quem quer
que seja para fazer o que gostamos ou o que é necessário fazer. Apenas cuidemos
de manter o respeito, a ordem, a paz, a alegria e criatividade que nunca nos
faltam,
Fluminense
Perguntaram a um diretor do Fluminense
de Feira se ele gostaria que o clube disputasse a série D do Brasileirão ou a
Copa do Brasil. A resposta veio de pronto: “Copa do Brasil”. Por que? “Porque
poderemos ter aqui um Flamengo, um Corinthians, um time grande, que irá lotar o
estádio Jóia da Princesa”. Dá pra acreditar? É por essas e outras que o futebol
brasileiro está decadente. Os dirigentes querem dinheiro rápido, muito, mesmo
que seja uma vez só. Pensam pequeno, pensam em curto prazo. Será que esse
dirigente acredita que o modesto Fluminense de Feira consegue fazer mais que
dois ou quatro jogos numa Copa do Brasil, antes de ser eliminado? Será que ele
não vê que disputando uma série D ele manterá a equipe em atividade por cerca
de quatro meses? Argumenta-se que os jogos são deficitários. Nem todos. Jogando
em casa dá pra faturar algum. E, estando em atividade, viajando pelo Brasil,
fica mais fácil encontrar patrocinadores. Há mais um monte de vantagens e eu
não tenho tempo, espaço e nem vontade de enumerá-las. Mas eles preferem fazer
um jogo só, quem sabe com uma grande equipe do Sul, tomar uma goleada, apanhar
alguns trocados e guardar os uniformes na naftalina por seis ou sete meses até
a volta do deficitário campeonato baiano.
Biblioteca I
Soube que a Biblioteca Municipal
Arnold Silva vai fechar aos domingos por absoluta falta de público. Faz anos
que não vou àquela casa de leitura e pesquisa, e confesso que não sei como
andam as coisas por lá. Dá última vez que visitei, queria fazer uma pesquisa em
jornais antigos. Uma funcionária muito solícita me levou até o setor e me
disse, com um sorriso no canto da boca: “Fique à vontade”. Quando entrei na
sala percebi que o sorriso da moça era sarcástico. Sádico mesmo. Havia pilhas
de jornais velhos, cobertos de poeira, sem qualquer classificação, tornando
impossível a busca sem uma grande perda de tempo. Como pesquisar assim? Se as
coisas não melhoraram melhor seria fechar de vez a Biblioteca.
Biblioteca II
A biblioteca clássica, onde
estudantes, professores, pesquisadores, e o público em geral buscava nos livros
o conhecimento ou até mesmo o entretenimento que desejavam, com o advento do
computador e da internet, teve que mudar o seu conceito para não fechar as
portas. Uma biblioteca hoje em dia tem que ter computadores com uma boa
internet, o que torna a busca mais prática, mas veloz e eficaz. Os livros,
revistas, jornais, documentos, ficam preservados em locais protegidos contra a
poeira, umidade e insetos, preservados como joias raras de grande valor
histórico e como referencias em caso de perdas das cópias digitais. No Brasil,
de um modo geral, a maioria das pessoas perdeu o interesse pelo conhecimento,
as bibliotecas perderam público. Porém, isso não quer dizer que devam ser
fechadas, pelo contrário, se deve buscar alternativas para atrair o público. No
caso da Biblioteca Arnold Silva, se poderia continuar abrindo aos domingos, mas
para a realização de eventos culturais. Bastaria um ou dois funcionários plantonistas
para orientar o público, fechar as salas para preservar o patrimônio, e deixar
acesso apenas ao auditório ou ao espaço onde estivesse sendo realizado o
evento, que seria de responsabilidade de algum grupo ou entidade cultural
reconhecida. A cidade carece destes espaços e a Biblioteca Arnold Silva tem
muito. É só querer fazer.
Soltando as
amarras
Alguém, que não sei porque não quis se identificar, me ligou para dizer que leu o meu livro, “Soltando as amarras”, (disponível para leitura ou download em www.cristovamaguiar.com.br) e que gostou muito. “Não sabia que você era tão religioso”, disse ela. Não sou. Apenas acredito em Deus, sigo s ensinamentos de Jesus, mas não sigo nenhuma doutrina religiosa. Desde adolescente me interessei por religiões, frequentei templos terreiros e centos espíritas, pesquisei religiões antigas e adquiri muito conhecimento sobre o assunto. Fui cursilhista na igreja Católica, liderei grupo de jovens espíritas, fui neófito da Antiga e Mística Ordem Rosacruz, sou maçom, mas não me prendo a doutrinas nem dogmas. Meu pensar é livre. Falo e ajo de acordo com o que penso. Conclamo as pessoas a fazerem o mesmo, buscando despertar nelas consciência crítica, para que pensem por si mesmas e não pela cabeça de quem quer que seja. Nem mesmo pela minha.
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Por hoje é só que
agora eu vou ali meditar um pouco
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