No Vaticano para participar de
audiência com o papa Francisco, uma comitiva de prefeitos brasileiros
vai entregar uma carta ao pontífice na qual pede que países
desenvolvidos transfiram recursos e tecnologias diretamente às
administrações municipais, "em especial aos mais pobres", para soluções
climáticas.
Liderada pelo prefeito de Belo Horizonte, Márcio
Lacerda (PSB), presidente da Frente Nacional de Prefeitos, a comitiva se
encontrará com o papa durante um workshop sobre ações das cidades
relacionadas a problemas como condições de trabalho análogas à
escravidão e mudanças climáticas.
Os políticos brasileiros,
incluindo também o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) (apesar
de ser signatário da carta, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes
(PMDB), não acompanhou a comitiva ao Vaticano) fazem parte de um grupo
de 60 representantes de cidades de todo o mundo, como Berlim, Bogotá e
Paris, além de ambientalistas e especialistas em questões urbanas.
O
encontro será nesta terça, a partir das 11h de Roma (16h no Brasil). Na
quarta, os prefeitos participarão de um simpósio sobre desenvolvimento
sustentável.
Os eventos dão continuidade à encíclica Laudato Si',
lançada por Francisco no mês passado. Nela, o pontífice defendeu
medidas relacionadas ao ambiente e a uma "nova definição de progresso".
Financiamento
Na
carta, a comitiva brasileira diz que há prefeitos brasileiros adotando
medidas para diminuir os danos do desenvolvimento das cidades ao meio
ambiente. E pede dinheiro.
"Propomos a transferência de recursos e
tecnologias dos países desenvolvidos aos países em desenvolvimento, em
especial aos mais pobres, e diretamente às cidades", afirma o documento.
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