segunda-feira, 20 de julho de 2015

Espíritos sem nome

Estudiosos falam que existem muito mais espíritos na crosta terrestre do que humanos encarnados em nosso planeta. Espíritos não têm nomes nem filiação porque eles não são paridos. Se eles tivessem um nome, o sobrenome deveria ser alfanumérico com uso obrigatório de identidade e cpf digital.
Existem muitos costumes e tradições entre os humanos encarnados que é praticamente impossível mudá-los.
O avanço tecnológico que nos permite um deslocamento de um ponto a outro através de recursos chamados transporte, é uma espécie de prática do que nos era comum quando habitávamos a espiritualidade. O Celular ou a própria Internet usamos como forma de comunicação à distância, uma habilidade perdida quando encarnamos nesse planeta.
Se não dispuséssemos dos recursos atuais, ficaria difícil nos deslocarmos de um lugar para outro usando apenas as pernas. Sem o celular ou Internet não teríamos com praticar a comunicação a distância.
Devemos entender que, se nosso mundo não fosse preso às leis da física, não precisaríamos de pernas, carros, aviões nem celulares. Talvez precisássemos de outros recursos ou simplesmente não precisássemos de nada.
É justamente por estarmos presos a essas limitações que nem conseguimos imaginar mundos ou civilizações inteligentes fora dos nossos padrões materiais.
Para a maioria dos humanos é praticamente impossível se imaginar algo fora das nossas leis existenciais. Até nossos cientistas tentam associar a existência do universo com nossos processos construtivos (Teoria do Big Bang).
As tradições religiosas quase não conseguem conceber a idéia de que um anjo possa volitar sem possuir asas. Nós carnais não conseguiríamos identificar uma pessoa se esta não tiver um nome e uma aparência pessoal exclusiva.
O curioso é que existem muitos seres no universo que suas aparências são como xérox um do outro. Todos iguais e sem cédulas de identidade. Como seria a resposta a essa pergunta: “Estou falando com quem?”
Para nós, isso é complicado, mas para os animais, isso é o mesmo que “mamão com açúcar”. Fácil, fácil.
Numa colônia de pingüins, na época da reprodução, os pais conseguem andar por entre centenas de filhotes e, no meio deles, cada um achar o seu filhote sem o auxílio de nenhuma fitinha de identificação amarrada, não sei onde. Isso acontece com os pássaros, formigas e todos os seres vivos com exceção dos humanos encarnados.
Já no mundo espiritual, a identificação entre ambos é pela vibração. Lá não há necessidade de nomes, a menos que haja um motivo de ordem terrena. Quando um espírito se apresenta com um nome isso é mais para fortalecer nossa credibilidade em seu trabalho social.
Um exemplo forte está na “linha afro”, onde as entidades são identificadas pela vibração de suas linhagens e não exatamente pelo nome. O nome de um orixá representa apenas a característica da sua vibração e é por isso existem vários oguns, oxosses, omulus, nanãs, iemanjás, pretos velhos, oxuns, oxalás e os demais.
Muitas linhagens espirituais usam nomes alemães, árabes ou de conterrâneos importantes para executar trabalhos de assistência fraterna entre os encarnados.
Conrado Dantas

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