sábado, 13 de fevereiro de 2016

Como reagir a professores doutrinadores?

         
Foto: ilustração
Luciano Ayan postou no face a seguinte resposta a um questionamento feito por um leitor sobre como enfrentar tal situação:
         “Esta é uma situação realmente complicada. Ou não. Tudo depende da reação a esses eventos. Nestes casos, sugiro recobrar o primeiro princípio da arte da guerra política: política é guerra por outros meios. Por isso, precisamos entender qual nosso objetivo antes de empreender batalhas políticas. Se o território for inóspito, a briga pode não valer a pena. Em ambientes de trabalho, por exemplo, eu já cheguei a sugerir a dissimulação. Isto quando o ambiente é desfavorável, é claro. Tudo vai depender dos colegas. Se eles forem em maioria liberais/conservadores, o ambiente pode se tornar favorável. Se estes forem uma minoria, ocorrerá o inverso. Então aqui o negócio é esperar para ver, antes de tomar as decisões. Hoje em dia, se eu tivesse um professor petista convicto, em um ambiente desfavorável, iria aproveitar para curtir toda a situação, e até partiria para sátiras tão sutis que os socialistas não seriam capazes de entender. Enfim, avalie antes de tudo o ambiente. Depois, se o ambiente for favorável, empreenda o combate. Caso contrário, guarde suas energias para disputas em outro território. Neste caso é especialmente importante não partir para o confronto, mas não se deixar dominar mentalmente pelos zumbis que inexoravelmente seguirão o professor”.
         Sábios conselhos. Eu já vivenciei uma situação em que o padre nomeado como novo pároco em uma comunidade católica tinha um sermão totalmente engajado a um partido político. Ora, a autoridade de um pároco dentro de uma igreja é inquestionável. Mas ninguém suportava mais a catequese política do padre. As celebrações começaram a se esvaziar, porque os fiéis são espertos, sabem que não podem contestar abertamente, e simplesmente se afastam. Os líderes comunitários, sem bater de frente com o pároco, buscou a autoridade maior (o bispo) e relatou o que se passava e perda de fiéis por conta da atitude do padre. Sem briga, sem confusão, sem bate boa, o padre foi transferido, Deus sabe pra onde. Já foi tarde. O bispo, é claro, percebeu que ali não havia terreno fértil para a semeadura política do padre.
         E assim agem as pessoas sábias. Melhor evitar o confronto direto, até porque, o bate boca, a discussão, é tudo que o sectário político precisa para verbalizar suas idéias e ideais. Então, o eleitor que permanece calado e observando saberá escolher na hora de votar. O voto é secreto, só eu sei em quem votei. Mas o resultado manifesto nas urnas, se não houver fraude, irá mandar um claro recado a quem pensa que pode enganar o povo o tempo todo com promessas e mentiras.


P.S. Eu li também uma postagem levantando suspeita de engajamento político pró PT na Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB). Mas não dei muito crédito, porque não tenho visto sinais manifestos de que tal fato esteja ocorrendo. Resta ainda o fato de que a igreja católica perdeu e ainda perde muitos fiéis por conta dos seus erros. Não creio que seja o momento de cometer tal absurdo.

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