x.x.x
Crônica das bactérias
O cotidiano está
recheado de coisas e situações que, se analisadas detalhadamente, iriam nos
mostrar todo o perigo a que estamos efetivamente expostos no decorrer da labuta
diária.
Você
já parou para imaginar coisa mais repleta de bactérias que aquelas castanhas
vendidas por aí, expostas a todo o tipo de sujeira? Eu fico pensando por
quantas e quantas mãos aqueles petiscos não já passaram, no ofício de
quebrá-las e descascá-las, até chegar a nossas bocas...
Agora,
observe esta situação: nós estamos sempre preocupados com o ato de verificar se
a pessoa que nos atende na padaria está usando luvas, se está pegando o pão com
aquele troço lá, etc e nos esquecemos de que aquele balcão onde estão os pães é
limpo com um pano que só Deus sabe o quanto é sujo e fedorento.
Até
o suco de laranja que tomamos numa lanchonete vem abarrotado de bactérias e
sujeira. As frutas não são lavadas, o balconista apanha-as com as mãos expostas
– muitas vezes ele acabou de urinar ou defecar – e no final ingerimos esse suco
como se estivéssemos fazendo um grande bem para a nossa saúde.
Por
falar em defecar, quase todos nós já passamos pelo fato de precisar usar um
sanitário público. O que pouca gente percebe é que ao toque das fezes com
aquela “água” que sempre fica no vaso, algumas gotinhas salpicam diretamente em
nosso bumbum, adentrando aquele orifício que todos conhecem. Já imaginou as
doenças que podem ser contraídas com esse “incidente”?
Também
o nosso bom e velho caldo de cana não poderia escapar dessa espécie de crônica
das bactérias. (rsrs) Alguns vendedores enfiam a cana na máquina mais de dez
vezes, a ponto de o caldo já sair enegrecido por conta da grande quantidade de
impurezas e suores misturados ao mesmo.
Não
poderíamos esquecer aqueles indivíduos que ficam o tempo inteiro limpando o
nariz com a ponta dos dedos ou então coçando o saco e aí ao encontrarem você na
rua querem de qualquer maneira apertar a sua mão.
E
para finalizar, aqui vai a receita de uma sopa de bactérias pra você
experimentar: tome um ônibus lotado, fique segurando naquelas barras ensebadas
de suores e sujeira e depois de saltar compre um desses quebra-queixos que só
Deus sabe como são feitos e saia por aí, comendo e lambendo os dedos... (Cá,
cá, cá, cá!)
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