terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Tecnologia radioativa promete conter o Aedes aegypti

Uma tecnologia que esteriliza mosquitos por meio da exposição à radioatividade é uma nova arma dentro dos esforços para combater o Aedes aegypti, vetor de transmissão dos vírus da dengue, chikungunya e zika no Brasil.

A proposta vêm do órgão das Nações Unidas que coordena energia nuclear, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), e deverá ser debatida em um encontro em Brasília nos dias 22 e 23 deste mês.
A agência da ONU está oferecendo a transferência de conhecimento e espera ver a aplicação da técnica dar resultado dentro de um ano após sua adoção, explicou à BBC Brasil o vice-diretor da organização e chefe do departamento de Ciências Nucleares e Aplicações, o brasileiro Aldo Malavasi.
Na esterilização proposta pela AIEA, os mosquitos machos do Aedes aegypti são expostos à radiação eletromagnética ionizante de raios gama. A radiação danifica aleatoriamente o material genético contido no sêmen do inseto, gerando infertilidade. Quando os machos irradiados acasalam com as fêmeas, os filhotes gerados são ovos que não vingam.
"Você solta insetos são normais no seu comportamento, só que o esperma não é normal, ele tem pedaços quebrados. Quando o óvulo da fêmea recebe o esperma, o embrião não consegue se desenvolver e esses óvulos são maculados", explicou Jorge Hendrichs, chefe do departamento de controle de pestes da AIEA.
A tecnologia está sendo testada em Fernando de Noronha pela Fiocruz Pernambuco e pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Já foram liberados 27 mil mosquitos na ilha. Com o uso da técnica em testes de laboratório, apenas 30% dos ovos dos mosquitos se tornaram larvas. Os pesquisadores, agora, querem saber se esta diminuição se repetirá na natureza.

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