segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O carro na frente dos bois

         
Eu já disse aqui que quando a professora Marlede fala em defesa dos interesses dos professores que ela representa, diz coisas mais que certas. Mas quando ela fala e toma decisões sob a influência do seu sectarismo político, mete os pés pelas mãos. Nesta segunda-feira (15), em entrevista ao programa Acorda Cidade ela admitiu que abriu mão da mediação do Ministério Público na questão da reserva de carga horária dos professores, para negociar diretamente com a Secretaria Municipal de Educação. Sem acordo e sem esgotar os recursos jurídicos, ela deflagrou a greve e só depois disso resolveu entrar com uma ação na justiça para exigir o cumprimento da Lei. Ou seja, colocou o carro na frente dos bois. Em ano eleitoral como esse, isso soa como clara manobra política para jogar a opinião pública contra o principal adversário do candidato a prefeito pelo seu partido. Agora, sem nada a ver com as politicagens, os estudantes estão prejudicados por uma greve que promete ser duradoura, pois esta questão ainda deverá ter muitas idas e vindas jurídicas até que se chegue a um consenso. Afinal, embora seja uma lei a ser cumprida, o prefeito já anunciou que não tem como fazê-lo de imediato sem infringir a lei de responsabilidade fiscal. Quer implanta-la gradativamente, o que a APLB não aceita. O promotor público que intermediava a questão, em entrevista à imprensa, reconheceu que, pelos dados que ele tem em mãos, não há como o município implantar a reserva de carga horária integralmente, porque sequer tem reserva de professores concursados para contratar. E nessa guerra entre o mar e o rochedo, quem sofre são os mariscos.

Politicagem
         Durante a entrevista ao programa Acorda Cidade, a professora Marlede não conseguiu esconder o seu sectarismo político, e bem ao estilo PT tentou desviar o foco do problema aludindo a outro fato confundindo a opinião pública. “O prefeito disse que não vai mais fazer o BRT do governo federal, que vai fazer com recursos próprios. Então, como não tem dinheiro para pagar a reserva de carga horária”, disse ela. Vejamos então quantas contradições e mentiras numa frase tão curta: a) O prefeito não disse que não vai fazer o BRT do governo federal, até porque não existe BRT do governo federal. Existe um projeto de implantação do BRT, desenvolvido pelo governo municipal e aprovado pelo Ministério das Cidades. b) O dinheiro para execução do projeto vem do governo federal através da Caixa Econômica, liberado em parcelas, à medida que as obras vão sendo executadas. Como apareceu mais uma liminar, de tantas que os adversários políticos do prefeito e da cidade, já obtiveram para atrasar as obras do BRT, a CEF suspendeu, mais uma vez, a liberação das parcelas. O que o prefeito disse foi que irá executar as obras já em andamento com a verba que resta da última parcela liberada, e que se for necessário, continuará com recursos próprios do município até que o setor jurídico da prefeitura consiga derrubar a liminar (o que não será difícil, pois já ocorreu outras vezes), e a CEF volte a liberar as parcelas. c) Não existe isso de pagar a reserva de carga horária. Existe o cumprimento da lei que determina que os professores devem ter um terço das suas cargas horárias reservados para atividades extra classe, como preparar aulas, corrigir provas, tomar cursos etc. Para tanto, o município terá que contratar cerca de 600 professores. Isso só se pode fazer através de concurso. E mesmo que houvesse tal quantidade de professores já concursados e não convocados, ainda assim, o município não teria como contratá-los de imediato, sem ferir a lei de responsabilidade fiscal. Isso só poderá ser feito gradativamente. Mas o estilo PT de fazer política é este. Mentir, enganar, confundir a opinião pública, justificar seus erros apontando os dos outros, enfim, não é política voltada para os interesses da comunidade. É politicagem voltada apenas para seus próprios interesses.

Propaganda enganosa
         Antes de deflagrar a greve dos professores, a APLB, presidida pela professora Marlede, divulgava nos meios de comunicação notas de convocação de assembleia dos professores, par decidir sobre a deflagração de greve, alegando que “o prefeito não que pagar a Licença Pecúnia, não paga horas extras, e não cumpre a lei da reserva de carga horária”. Deflagrada a greve, o discurso ficou apenas na reserva de carga horária que, por motivos claros, não pode ser cumprida integralmente, e sim gradativamente. Licença Pecúnia, é uma opção e não obrigação. Horas extras e todos os demais direitos trabalhistas são cumpridos pela Prefeitura. Na falta do que falar, mentem. Essa é a política do PT.

Deu show
         Eu não tenho nenhum motivo para gostar do ex-deputado Sérgio Carneiro. Não sou amigo dele nem ele é meu amigo. Mas, quem me conhece sabe que eu dou a César o que é de César, e sei reconhecer um trabalho bem feito por quem quer que seja. No Caso do ex-deputado e atual secretário municipal de Relações Interinstitucionais, quando da última liminar obtida pelos adversários da cidade contra obras do BRT, Sérgio Carneiro saiu em defesa do governo municipal como até então eu não tinha visto ninguém do governo fazer. Ocupou espaços na Imprensa e deu show de conhecimento sobre o assunto, não só nos aspectos técnicos, como jurídicos e políticos. Sem mentiras, sem ofensas, sem acusações diretas, ele desnudou a manobra política dos adversários da cidade, que tentam a todo custo e a toda hora, imputar ao governo municipal algum tipo de fraude, de desmando administrativo ou coisa que valha, com o claro objetivo de atrapalhar o desenvolvimento da cidade e jogar a culpa no prefeito. Show de bola.

Jacaré
         Ambientalistas de araque emitiram suas opiniões e até fizeram manifestações sobre os jacarés da Lagoa Grande. Inclusive o diretor do órgão ambiental estadual na cidade, chegou a dizer que havia o risco de algum jacaré atacar um ser humano e, por isso, deveriam ser levados para algum zoológico. A ideia de mandar os jacarés para zoológicos, até que me agrada, pois pode ser a única salvação para eles. Quanto a atacar um ser humano, acho difícil, senão impossível, até porque são pequenos, não passam de metro e meio, e não é da natureza deles atacar seres humanos. Suas presas são peixes, aves e pequenos roedores. Eles temem os seres humanos, e com razão, pois são constantemente caçados por nós. Agora ouço o que eu já sabia que iria acontecer. Os jacarés estão desaparecendo da lagoa, certamente já foram transformados em tira gosto ou moquecas pelos bares da vida. Sem a vegetação para protege-los, não têm como esconder seus ninhos, como se esconder para atacar suas presas e nem como se esconderem dos caçadores. Logo não restará nenhum.

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Por hoje é só que agora eu vou ali bater um papo com um jacaré de papo amarelo

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