sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Nossa saúde depende do que comemos ou do que pensamos?


“Mens sana in corpore sano” (mente sã num corpo são) é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal. No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida “Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são. Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte, que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza, que suporte qualquer tipo de labores, desconheça a ira, nada cobice e creia mais nos labores selvagens de Hércules do que nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental. Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio; Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude”.

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.
A Psicologia preconiza que “todo ato psíquico tem reflexo físico”. Isso quer dizer que o nosso corpo reage de acordo com os nossos pensamentos. Desse ponto de vista, pessoas positivistas, otimistas, sempre focadas em bons pensamentos, que vivem de bem com a vida, terão mais saúde do que os negativistas, pessimistas, que sempre pensam no pior, estão sempre predispostos à prática do mal, vivendo de mal com a vida, terão a saúde comprometida.
Os sete pecados capitais apontados na Bíblia Sagrada (Orgulho; Inveja; Ira; Preguiça; Avareza; Gula; Luxúria) São pensamentos que levam a comportamentos danosos à saúde do ser humano. Por esta razão que todas as doutrinas religiosas, todos os estudos científicos, remetem sempre as pessoas á busca da harmonia entre o corpo e a mente, e esta harmonia é o que se chama de “paz de espírito”.

Comer faz mal à saúde?
Mais uma vez nos remetemos à Bíblia Sagrada, precisamente ao pecado da Gula, que é o desejo insaciável, além do necessário, em geral por comida, bebida. Esse pecado também está relacionado ao egoísmo humano: querer ter sempre mais e mais, não se contentando com o que já tem. É uma forma de cobiça. Ela seria controlada pelo uso da virtude da temperança.
A Religião alerta e a ciência afirma que nós somos o que comemos. Ou melhor, a nossa saúde, ou falta dela, é determinada pelo que comemos. Os “letrados” dizem que “todo exagero é pernicioso”, e o povo na sua simplicidade afirma que “tudo demais é sobra”. Deduzimos então que, mesmo um alimento sendo de boa qualidade, se o consumimos exageradamente, nosso corpos sofrerá conseqüência, sendo a obesidade a mais comum delas.
O nosso organismo é sábio e está sempre emitindo alertas quando ultrapassamos limites. Há pessoas sensíveis e sensatas que identificam de imediato estes alertas e cuidam de conter os excessos. Mas há outas que necessitam de orientação familiar ou, na falta dela, orientação médica, para saber o que, quando e em que quantidades ingerir determinados tipos de comidas ou bebidas. Não por acaso, os atletas são sempre acompanhados por nutricionistas.
Respondendo então à questão do título desta matérias, nossa saúde depende sim do que pensamos e do que comemos, e o nosso corpo externa os resultados.

Texto publicado na edição especial Dia do Médico, encartada no jornal Tribuna Feirense desta sexta-feira (19)
(Com dados da Wikipédia)

Nenhum comentário: