sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A melhor defesa é a verdade


Cristóvam Aguiar

             Por ocasião do aniversário de emancipação política de Feira de Santana, produzi diversos artigos e matérias para diversos meios de comunicação, enfatizando a defasagem na história do município que já ultrapassa 60 anos. Afirmei que o único livro elaborado com técnica e competência sobre o assunto, foi publicado em meados da década de 60 pelo americano Rollie E Poppino, que conta a história de Feira desde os seus primórdios até 1950. De lá para cá, volto a afirmar, não existe um livro sequer publicado, bem elaborado quanto o de Poppino, e não há nenhum adotado pelas redes de ensino. As crianças feirenses pouco ou nada sabem da história da sua cidade.
            “Choveram” então protestos partindo de pessoas tentando me desmentir. Mas, procuraram principalmente os dirigentes dos órgãos de comunicação que publicaram meus textos, talvez na vã esperança de me desacreditar perante os mesmos. Perderam tempo e boa oportunidade de abrir um amplo debate sobre o assunto e, quiçá, sensibilizar os poderes públicos ou até mesmo a iniciativa privada, a financiar um projeto para elaboração e publicação de um livro decente contando a história do Município a partir de 1950 até, por exemplo, o ano 2000.
            Eu mesmo já apresentei um projeto ao poder municipal para a criação na cidade de um museu da imprensa, objetivando preservar jornais, revistas, além de áudios e vídeos documentando importantes e históricos momentos da cidade. Mas, como sempre, muitas promessas, e depois, o esquecimento, até que algum membro do governo tire a idéia da cartola e a execute como sendo sua. Eu até já disse que não me aborreceria, pois o importante para mim é que o fato aconteça, independente de quem teve a idéia e a executou.
            Eu já confessei a diversas pessoas de que gostaria de me aliar a algum professor de História (com curso superior) para, enquanto feirense e com experiência de quase 35 anos de jornalismo, junto com ele elaborar um projeto e buscarmos financiamento para publicação de um livro sobre essa parte ainda não bem documentada da história de Feira de Santana. Sozinho não o faria, porque não me reconheço com competência técnica para tal empreitada.
            Aos que se sentiram de alguma forma ofendidos pelas minhas colocações, eu sugiro que, em vez de agirem como comadres mexeriqueiras, apresentem argumentos sólidos que possam convencer às pessoas, e até mesmo a mim, de que estou errado. Não existe melhor argumento do que a verdade, porque mentira tem pernas curtas e, como disse Shakespeare, “a verdade é a verdade através dos tempos”.
            Aos que preferirem satisfazer seus egos mantendo a posição de fazer prevalecer suas opiniões com calunias, difamações e xingamentos, em vez de usar bons argumentos, eu deixo uma frase da qual desconheço o autor: “Corrija um sábio, e ele se tornará mais sábio; Corrija um tolo, e ele se tornara seu inimigo”.


         

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