A Organização Mundial da Saúde (OMS)
acredita que, todos os dias, mais de 1 milhão de pessoas no mundo adquirem uma
doença sexualmente transmissível (DST).
Algumas
dessas infecções afetam a fertilidade, enquanto outras provocam complicações
ainda mais graves. Por isso, há inúmeras razões para evitar que esses
visitantes indesejados acabem se instalando no nosso corpo.
A má reputação das DSTs é provavelmente o
motivo pelo qual cientistas vinham prestando pouca atenção à ideia de que
alguns desses micróbios que viajam pelos fluidos sexuais podem, na realidade,
ser benéficos.
Será que ao nos protegermos dos germes
ruins que conhecemos não estamos evitando microrganismos que poderiam fazer bem
à saúde? É cada vez maior o número de evidências que sugere que o assunto
deveria ser mais explorado.
Questão de
equilíbrio
Não é novidade que vírus e bactérias são
incrivelmente importante para a nossa saúde. Dentro de cada um de nós está uma
combinação de minicriaturas tanto benéficas quanto potencialmente causadoras de
doenças. Se o equilíbrio entre os dois lados se perde, os problemas surgem.
Um exemplo: o gênero de fungo Candida
é um micróbio que ocorre naturalmente na vagina. Sua procriação é controlada
por outro microrganismo, a bactéria Lactobacillus. Se algo impede a
bactéria de fazer o seu trabalho, ocorre uma proliferação de fungos, o que
causa os desconfortáveis sintomas da candidíase.
Nossos organismos evoluíram junto com os
micróbios. Essas bactérias, fungos e vírus vivem em nossa pele, nos intestinos
e em parte de nossos genitais. Apesar de a ideia ser um pouco desconfortável, é
cada vez mais evidente que esses seres têm um papel fundamental na nossa
fisiologia.
O primeiro passo para entender esse papel
é identificar os microrganismos. Aqueles que são transmitidos durante as
relações sexuais são chamados de micróbios sexualmente transmissíveis (MSTs).
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