Externada na tarde desta quinta-feira, 01, numa entrevista coletiva
realizada no Paço Municipal Maria Quitéria, a afirmativa do prefeito
José Ronaldo de Carvalho está respaldada nos vários encontros que
manteve ao longo dos últimos dois meses, em Brasília, com o ministro das
Cidades, Gilberto Kassab.
No último deles, ocorrido num café da manhã, semana passada, em que
também tomaram parte o deputado José Nunes e o ex-deputado Colbert
Martins, o ministro Kassab disse da necessidade de dirimir algumas
dúvidas sobre a concepção do projeto original, o que será possível,
segundo José Ronaldo, num encontro agendado para os próximos dias,
envolvendo técnicos da prefeitura e do Ministério das Cidades.
Após elencar as idas e vindas de ações “populares” que foram
ingressadas nas esferas jurídicas e, posteriormente, rechaçadas em todas
as instâncias, por falta de amparo legal, Ronaldo sublinhou que “Feira
de Santana é uma das poucas cidades brasileiras que tiveram o projeto do
BRT aprovado 100%”.
Neste sentido, exibiu uma portaria assinada por Kassab, datada de 11 de
maio, em que foram cancelados projetos do BRT em várias cidades:
Niterói (RJ), Campo dos Goitacazes (RJ), Betim (MG), Ribeirão das Neves
(MG), Santa Maria da Vitória (RS), Cuiabá, Vitória (ES), Porto
Velho(ES), Caruaru(PE), Olinda(PE, Paulista(PE), São Vicente (SP) e
Bauru(SP).
“Eu tenho certeza de que o bom senso vai prevalecer entre as partes
envolvidas, e não teremos dificuldades de, havendo algum erro em nosso
projeto, de corrigi-lo e dirimir quaisquer dúvidas que forem
encontrados”, enfatizou José Ronaldo.
Pesquisa de Mobilidade
A explanação acima foi antecedida da revelação de uma pesquisa
realizada entre os dias 18 e 19 de setembro, abrangendo a sede do
município e os bairros Campo Limpo, Sobradinho, CASEB, Brasília, Cidade
Nova, Mangabeira, Feira X, Alto do Papagaio, Tomba, Rua Nova, Jardim
Cruzeiro, Pampalona, Serraria Brasil, Jardim Acácia, Feira VII,
Fraternidade, Calumbi, Conceição, loteamentos Liberdade e Elza Azevedo,
além dos distritos de Humildes e Maria Quitéria, na zona rural.
Do universo de 506 pessoas entrevistadas, com idade a partir de 16
anos, 37,40% consideraram o trânsito em Feira péssimo; 33,60% acham
ruim; 19,60% regular e apenas 6,90% acham que om trânsito é bom.
Na avaliação do transporte público, 44,30% acham péssimos os serviços
prestados, 29,20% acham ruim; 15,40% regular e apenas 5,30% acham bom os
serviços.
A pesquisa também demonstrou que 98,20% dos entrevistados querem
medidas para melhorar o transporte e o trânsito na cidade, e 65,60%
acreditam que o BRT vai influenciar positivamente nesta mudança,
enquanto 25,70% dizem que não.
Já 73,50% dos entrevistados disseram saber que manifestantes invadiram
as obras do BRT, o que provocou atrasos no trabalho. Entretanto, 70,40%
disseram não concordar com os manifestantes contra apenas 19,80%
disseram que aprovam.
Para 51,60% dos entrevistados, as pessoas envolvidas na ocupação do
canteiro das obras do BRT são ligadas a partidos políticos; 18,60% acham
que são pessoas sem vínculos e 17,80% acreditam que são ambientalistas.
Quanto a mudança das empresas de ônibus pela Prefeitura, 75,70% dos
entrevistados se disseram de acordo, contra apenas 21,90% disseram não
concordar.
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