sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O fim do rebanho



         Ocupado em tapar o sol com uma peneira, o PT, e consequentemente o governo Dilma, parece não ter percebido o risco que corre de perder boa parte dos rebanhos nos seus currais eleitorais. Com uma base eleitoral formada em grande maioria pelos miseráveis, os deserdados, os descamisados, os sem terra, sem teto e sem vergonha de um modo geral, o PT se alimenta dos votos oriundos das bolsas misérias e obras eleitoreiras (vide transposição do Rio São Francisco), e faz chacota com as elites que pensam e formam opinião.
         Capitaneado por um ex-presidente semi analfabeto que se orgulha de nunca ter lido um livro, um vagabundo que se aposentou ainda na flor da idade por ter perdido um dedo mínimo, e que prega que a Educação não faz falta a ninguém, citando a si mesmo como exemplo, o PT é sustentado pelos miseráveis, descamisados, deserdados, excluídos, sem terra, sem teto e sem vergonha de todos os tipos. Prevalece um sistema de coronelismo moderno, tão combatido pelo PT num passado recente. É o “toma lá. Dá cá”. Eu te dou um prato de comida, te presto um favor, e você vota em mim.
         Acontece que o Nordeste, região do País onde estão concentrados os maiores currais eleitorais do PT, está há três anos enfrentando uma das piores, se não a pior, estiagem da sua história. Primeiro perderam-se as plantações, depois as criações, e agora o povo luta para não morrer de sede e de fome. A previsão mais otimista prevê chuvas para o mês de março vindouro. Mas com a natureza totalmente em desacordo com as ações agressivas da humanidade ao planeta, ninguém pode garantir nada.
         E assim como as populações rurais perderam suas plantações e criações, o PT pode perder boa parte do seu rebanho. Não que vá morrer tanta gente, Deus nos livre. Mas é que, agora, os líderes do partido não tem em quem por a culpa pela falta de prevenção à estiagem, realizando obras e ações simples e exequíveis que permitam ao homem do campo conviver com as longas estiagem tão comuns no Nordeste.
         E o problema não está só no campo. Nas cidades o PT enfrenta uma onda de escândalos que envolvem os seus principais líderes, inclusive o ex-presidente Lula, até então tido como acima de qualquer suspeita, agora com o nome manchado por denuncias de participação em maracutaias do seu partido. Além disso, se não chover, o País vai enfrentar um apagão sem precedentes.  Que ainda não aconteceu graças a obras tidas como “faraônicas”  e desnecessárias pelo PT, realizadas pelos governo anteriores, inclusive pela ditadura militar, como a usinas de Itaipu e Sobradinho.
         E agora o PT não pode mais culpar a ditadura militar, José Sarney (esse já totalmente assimilado pelo PT), Fernando Collor, FHC e ACM, entre outros alvos prediletos do PT, porque há 10 anos é o PT que governa o País.
         Cai a máscara.

Nenhum comentário: