Situação
inédita num reality show no Brasil, a formação de um casal feminino na “Fazenda
de Verão” virou um problema para a Record. O que poderia ser um chamariz de
audiência para o programa, na prática, está sendo tratado de forma tímida,
quando não velada. Pressionada, de um lado, por parte do público que deseja ver
o "casal junto" e, de outro, por espectadores que se sentem ofendidos com a ideia
de assistir a cenas de afeto entre duas mulheres, a emissora parece
constrangida, sem saber o que fazer.
Fosse
uma novela, seria mais fácil ver dois gays como namorados, mas não mostrá-los
se beijando. Bastaria a emissora, como a Globo já fez, proibir. Mas num reality
show, um programa que se propõe a mostrar a “realidade”, essa situação beira a
desmoralização. Quem assiste “A Fazenda de Verão” não entende direito o que
está acontecendo entre Angelis e Manoella. Rodrigo Faro disse recentemente que
elas formam um “casal”, mas a emissora sonega as imagens que poderiam confirmar
isso.
O
curioso neste caso não é o casal em si, mas os sentimentos que desperta na
sociedade, que continua tão ou mais hipócrita do que sempre foi. De boca todo
mundo acha “normal” a homossexualidade, mas quando ela é exposta, “envergonha”
a tradicional família brasileira.
Montam
seus circos e depois querem jogar a sujeira para debaixo do picadeiro.
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