Deparei com o
seguinte texto publicado no site “Diário do Centro do Mundo”:
“Reflitamos juntos.
Pablo
Escobar virou celebridade na Colômbia quando foi apanhado com 39 quilos de
cocaína. A imprensa colombiana notou: havia um novo rei do tráfico no país. No
Brasil, o helicóptero de um senador é apanhado com meia tonelada de
pasta de cocaína e, bem, e não acontece nada.
A Polícia Federal não esclarece nada. E a
imprensa tratou o assunto como se tivesse sido encontrada meia tonelada de
pasta de amendoim. Em suma: 39 quilos semearam a fama mundial de Escobar. Meia
tonelada semeou coisa nenhuma.
Há
uma única razão para isso. É que o dono do helicóptero, o senador Perrela, é
amigo de Aécio. Blindagens se transmitem. E amigo de baladas, como mostram
fotos em que os dois não estão exatamente sóbrios. O silêncio criminoso da
mídia sobre o helicoca veio em hora boa para Aécio, em plena campanha
presidencial. Isso tem que ser lembrado sempre: Aécio conseguiu perder mesmo
com uma operação fabulosa de favorecimento pela imprensa. Mas o helicoca
sobreviveu na mente e na consciência de quem não se deixa manipular por jornais
e revistas altamente comprometidos.
Luciana
Genro evocou-o numa treta no Twitter com Feliciano.
Luciana defende, com razão, a descriminalização das
drogas. Pablos Escobares nascem exatamente da guerra às drogas. Ela expôs sua
tese no Twitter. E afirmou que há traficantes até no Congresso. Feliciano pediu
que ela explicasse isso. E ela citou o helicóptero do senador Perrela. O
resultado é que quem está tendo dor de cabeça com o helicóptero não é seu dono,
mas Luciana. A Câmara decidiu interpelá-la judicialmente, por iniciativa de
Feliciano e com o apoio de Eduardo Cunha.
E
então nós ficamos assim. Menos de 40 quilos consagraram o banditismo histórico
de Pablo Escobar – cuja história você pode ver na brilhante série Narcos, da
Netflix. Meia tonelada de pasta consagrou a impunidade de um certo grupo
privilegiado de brasileiros para os quais pau que bate em Chico não bate
em Francisco.
Sobrou
para Luciana Genro”.
Tudo isso comprova o que eu repito
exaustivamente: São todos farinha do mesmo saco. E que “farinha”...
Nenhum comentário:
Postar um comentário