Repete-se há
alguns anos a notícia que alunos, professores, vigilantes, foram vítimas de
assaltos no campus da UEFS. Professores e alunos referem medo, inclusive
nos períodos diurnos. Nada mais natural, afinal, aquele é um território
autorizado apenas para bandidos, não para a Polícia. Em um recente episódio de
ônibus incendiado havia mais pavor na Reitoria pela permanência policial no
local do que pelo atentado nunca esclarecido.
A
Universidade continua refém de uma pauta esquerdista anacrônica e inconcebível
de ser mantida em um país com violência endêmica e uma cidade com taxa de 48
mortes por 100000 habitantes. A Universidade brasileira tornou-se um território
livre do policiamento como forma de preservar a liberdade do pensamento e
manifestação política nos tempos da ditadura. Vivemos em uma democracia desde
1985 e com um governo de esquerda há mais de 12 e, no entanto, continuamos
fingindo que a Universidade com mais de 10 mil alunos, funcionários,
professores, pode ser um território livre para o tráfico e outros criminosos.
Em São Paulo,
a USP, após estupros, mortes de alunos em assaltos, resolveu permitir a entrada
da Polícia, ainda que com adaptações, no campus. Custou a permanência de um
estupro na memória de suas alunas e famílias enlutadas pela perda de seus
filhos.
A
Universidade deve ser preservada como espaço de liberdade política não de
insegurança e concessão a bandidagem geral. Aliás, na crise, custaria menos
Vigilância com mais segurança.
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