quinta-feira, 17 de março de 2016

POLÍCIA NO CAMPUS

Repete-se há alguns anos a notícia que alunos, professores, vigilantes, foram vítimas de assaltos no campus da UEFS. Professores e alunos referem medo, inclusive nos períodos diurnos. Nada mais natural, afinal, aquele é um território autorizado apenas para bandidos, não para a Polícia. Em um recente episódio de ônibus incendiado havia mais pavor na Reitoria pela permanência policial no local do que pelo atentado nunca esclarecido.
A Universidade continua refém de uma pauta esquerdista anacrônica e inconcebível de ser mantida em um país com violência endêmica e uma cidade com taxa de 48 mortes por 100000 habitantes. A Universidade brasileira tornou-se um território livre do policiamento como forma de preservar a liberdade do pensamento e manifestação política nos tempos da ditadura. Vivemos em uma democracia desde 1985 e com um governo de esquerda há mais de 12 e, no entanto, continuamos fingindo que a Universidade com mais de 10 mil alunos, funcionários, professores, pode ser um território livre para o tráfico e outros criminosos.
Em São Paulo, a USP, após estupros, mortes de alunos em assaltos, resolveu permitir a entrada da Polícia, ainda que com adaptações, no campus. Custou a permanência de um estupro na memória de suas alunas e famílias enlutadas pela perda de seus filhos.
A Universidade deve ser preservada como espaço de liberdade política não de insegurança e concessão a bandidagem geral. Aliás, na crise, custaria menos  Vigilância com  mais segurança. 


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