terça-feira, 15 de março de 2016

O FATOR DELCÍDIO

A homologação da delação premiada do ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, é uma bomba demolidora atirada implacavelmente no partido do governo, o PT, e em seu Ministro da Educação, Eduardo Mercadante, que após as gravações mostradas não tem a menor condição de continuar no cargo. Aliás, de continuar solto, visto que tentou obstruir a Justiça.
A denúncia aponta o que é óbvio: Lula era o líder de todo processo. Até os paralepípedos sabem que seria impossível montar dois esquemas gigantes, como o mensalão e o petrolão,  sem seu aval, afinal, ele era a liderança incontestável do PT. As suas intervenções no superfaturamento de fazendas desapropriadas pelo INCRA são desavergonhadas demais.
A delação aponta, também, pela milésima vez, Aécio Neves, como beneficiário de doações, não sendo mais possível adiar a abertura de processo contra ele. 
Fica, também, totalmente exposto, o Ministro Lewandovski, que encontrou-se com a presidente no exterior para discutir a Lava-jato. Deveria ter um pouco de pudor e pedir para sair. 
A Dilma, abalroada, atordoada, só lhe resta o caminho da renúncia como último gesto grandioso que ainda pode fazer. 

GRITO DE ALERTA OU BOTANDO AS BARBAS DE MOLHO
A maior manifestação da história política do Brasil, superando a Diretas Já, com 1,4 milhões em São Paulo, 1 milhão no Rio, 200 mil em Curitiba, 100 em Brasilia, enfim, em 21 estados e no Distrito Federal, seguramente com mais de 3 milhões de participantes, é um grito de alerta incontestável e que obriga aos atores políticos a pararem de esconder o sol com a peneira e a fazerem a nau Brasil remar no rumo de seus acordos espúrios.
É preciso, no entanto, enxergar mais adiante que a universal e marcante rejeição ao PT e ao governo Dilma, apenas. As vaias em Alckmin, Aécio, Aleluia, entre outros, sinaliza uma nítida e dura insatisfação com este modelo político falido e a líderes sem personalidade e oportunistas.
Certo que esta memorável mobilização nacional sinaliza, também, um cansaço das gestões corruptas, da impunidade judicial, que espolia recursos e gera serviços ruins e sofrimento a população, explícito no apoio unanime e firme ao excelente juiz Moro.
 Então, não é apenas o desnorteado governo Dilma e seu mentor que foram à lona e que precisam responder a sociedade, mas toda classe política, legislativo, gestores, demais membros do judiciário, que precisam mostrar ao Brasil que valem mais que um dólar furado.
O Brasil fez o seu grito de alerta. Que não se façam de moucos pois sairá caro. E, qualquer desatenção, como diz a canção, pode ser a gota d'água.

Manifestações  em 21 estados e Distrito Federal não deixam dúvidas: o governo está encurralado e terá de dar respostas. Foi a maior manifestação que a Avenida Paulista já viu; Rio de Janeiro botou 1 milhão de pessoas nas ruas; Curitiba,  160 mil,;  Brasilia, 100 mil e as capitais do Nordeste também. Em todas uma universal rejeição  ao PT e Dilma e uma ojeriza aos políticos, alguns deles vaiados. 
A insatisfação  popular  progressiva,  a base parlamentar destruida, a fragilização de Lula com as investigações da Lava Jato e povo nas ruas, as fotos da manifestação na Paulista, no dia de hoje, significam só uma coisa: game over Dilma

Foi a maior manifestação da história política do Brasil, maior que a Diretas Já.  Ela representa uma mudança de patamar na rejeição ao governo do PT e a Dilma. A situação obriga claramente aos envolvidos no processo político, aos atores governistas e oposiconistas,  a uma tomada de posição.
Não há como tapar o sol com a peneira. No Brasil inteiro teve atos contra o governo. A paulista lotou. 
Game over!


Nenhum comentário: