A homologação
da delação premiada do ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, é uma
bomba demolidora atirada implacavelmente no partido do governo, o PT, e em seu
Ministro da Educação, Eduardo Mercadante, que após as gravações mostradas não
tem a menor condição de continuar no cargo. Aliás, de continuar solto, visto
que tentou obstruir a Justiça.
A denúncia
aponta o que é óbvio: Lula era o líder de todo processo. Até os paralepípedos
sabem que seria impossível montar dois esquemas gigantes, como o mensalão e o
petrolão, sem seu aval, afinal, ele era a liderança incontestável do PT.
As suas intervenções no superfaturamento de fazendas desapropriadas pelo INCRA
são desavergonhadas demais.
A delação
aponta, também, pela milésima vez, Aécio Neves, como beneficiário de doações,
não sendo mais possível adiar a abertura de processo contra ele.
Fica, também, totalmente exposto, o Ministro
Lewandovski, que encontrou-se com a presidente no exterior para discutir a
Lava-jato. Deveria ter um pouco de pudor e pedir para sair.
A Dilma,
abalroada, atordoada, só lhe resta o caminho da renúncia como último gesto
grandioso que ainda pode fazer.
GRITO DE ALERTA OU BOTANDO AS BARBAS
DE MOLHO
A maior
manifestação da história política do Brasil, superando a Diretas Já, com 1,4
milhões em São Paulo, 1 milhão no Rio, 200 mil em Curitiba, 100 em Brasilia,
enfim, em 21 estados e no Distrito Federal, seguramente com mais de 3 milhões
de participantes, é um grito de alerta incontestável e que obriga aos atores
políticos a pararem de esconder o sol com a peneira e a fazerem a nau Brasil
remar no rumo de seus acordos espúrios.
É preciso, no
entanto, enxergar mais adiante que a universal e marcante rejeição ao PT e ao
governo Dilma, apenas. As vaias em Alckmin, Aécio, Aleluia, entre outros,
sinaliza uma nítida e dura insatisfação com este modelo político falido e a
líderes sem personalidade e oportunistas.
Certo que
esta memorável mobilização nacional sinaliza, também, um cansaço das gestões
corruptas, da impunidade judicial, que espolia recursos e gera serviços ruins e
sofrimento a população, explícito no apoio unanime e firme ao excelente juiz
Moro.
Então, não é apenas o desnorteado governo
Dilma e seu mentor que foram à lona e que precisam responder a sociedade, mas
toda classe política, legislativo, gestores, demais membros do judiciário, que
precisam mostrar ao Brasil que valem mais que um dólar furado.
O Brasil fez
o seu grito de alerta. Que não se façam de moucos pois sairá caro. E, qualquer
desatenção, como diz a canção, pode ser a gota d'água.
Manifestações em 21 estados e Distrito Federal não deixam dúvidas:
o governo está encurralado e terá de dar respostas. Foi a maior manifestação
que a Avenida Paulista já viu; Rio de Janeiro botou 1 milhão de pessoas nas
ruas; Curitiba, 160 mil,; Brasilia, 100 mil e as capitais do
Nordeste também. Em todas uma universal rejeição ao PT e Dilma e uma
ojeriza aos políticos, alguns deles vaiados.
A
insatisfação popular progressiva, a base parlamentar
destruida, a fragilização de Lula com as investigações da Lava Jato e povo nas
ruas, as fotos da manifestação na Paulista, no dia de hoje, significam só uma
coisa: game over Dilma
Foi a maior
manifestação da história política do Brasil, maior que a Diretas Já. Ela
representa uma mudança de patamar na rejeição ao governo do PT e a Dilma. A
situação obriga claramente aos envolvidos no processo político, aos atores
governistas e oposiconistas, a uma tomada de posição.
Não há como tapar o sol com a peneira. No Brasil
inteiro teve atos contra o governo. A paulista lotou.
Game over!
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