O ex-jogador
Zico confirmou nesta quarta-feira (03) sua intenção de se candidatar à
presidência da Fifa, a entidade máxima do futebol, em protesto contra o
escândalo de corrupção que levou à prisão de diversos dirigentes.
Porém, em
entrevista à BBC Brasil, o ídolo do Flamengo e da seleção brasileira afirmou
que ainda espera pela definição da forma como a sucessão do suíço Joseph
Blatter, que na terça-feira (02) renunciou à presidência após 17 anos no cargo,
será conduzida.
O atual sistema
determina que uma candidatura precisa ser endossada diretamente por uma
federação nacional e contar ainda com o apoio de cinco outras. Para alguns
críticos, esse processo dá margem a muitas negociações de bastidores e,
eventualmente, a transações mais escusas em troca de apoio.
Este, por
sinal, foi o motivo pelo qual outro ex-jogador, o português Luís Figo, desistiu
de participar do mais recente pleito, realizado, na semana passada, e em que
Blatter foi reeleito para um quinto mandato.
"As regras do jogo têm que ser justas, é
preciso abrir o processo para todo mundo: dirigente, ex-jogador, técnico e até
cozinheiro", explicou Zico.
"Eu
acredito que, diante de tudo o que está acontecendo (o escândalo na Fifa), o
processo agora será aberto. O que não pode é as mesmas pessoas responsáveis
pela situação de agora continuarem no comando. Minha candidatura é uma reação a
tudo isso".
Zico não
acredita que a falta de maior milhagem internacional como dirigente poderia
prejudicá-lo numa disputa com nomes como o também ex-jogador Michel Platini,
presidente da Uefa (o órgão máximo do futebol europeu) e cotado como favorito
para a sucessão de Blatter. (BBCBrasil)
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