quarta-feira, 17 de junho de 2015

Brasil cai 12 posições em ranking global de paz


Os conflitos em todo o mundo durante o ano de 2014 custaram um total de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 44,5 trilhões), o equivalente a 13,4% do PIB global, segundo um relatório do Instituto para Economia e Paz (IEP).
A quantia é o equivalente às economias do Brasil, Canadá, França, Alemanha, Espanha e Grã-Bretanha juntas, afirma o relatório anual da organização australiana. E há uma distância cada vez maior entre os índices de violência e morte dos países mais pacíficos e os dos países que mais sofrem com conflitos armados.
A edição de 2015 do relatório aponta a Islândia como o país mais pacífico do mundo; em último, no ranking de 162 países, está a Síria. O ranking é feito após uma pontuação feita com base em 23 indicadores quantitativos e qualitativos, adquiridos de fontes "altamente respeitáveis", segundo o IEP. Entre os principais quesitos analisados estão segurança social, taxas de homicídio, probabilidade de protestos violentos, conflitos em andamento, militarização, mortes por conflitos internos e instabilidade política.
O Brasil está em 103º e o relatório diz ter detectado no país uma das maiores "deteriorações" na América do Sul em relação ao ano anterior. O país caiu 12 posições na comparação com o ranking de 2014, que também tinha 162 países. Segundo os autores do documento, a pontuação do Brasil piorou muito nos quesitos "instabilidade política" e "alta probabilidade de protestos violentos". "O Brasil foi afetado pela estagnação econômica e inflação galopante, que geraram insatisfação social", diz o relatório. "Houve também protestos generalizados refletindo o descontentamento com os escândalos de corrupção afetando o governo."

Na América do Sul, o país tido como o mais pacífico é o Chile. O Brasil está em antepenúltimo na região, à frente apenas de Venezuela e Colômbia. No ranking geral, o Brasil está atrás do Haiti, por exemplo, que está em 98º lugar. Os Estados Unidos ocupam o 94º lugar do ranking. (BBCBrasil)

Nenhum comentário: