“O ópio do povo”; “A Pátria de chuteiras”; “Invenção do demônio”. “O esporte nacional”. São referências comuns ao futebol brasileiro, dependendo de quem fala e da conjuntura sócio política do momento. De vero apenas o fato que o futebol é o esporte mais popular do Brasil e do mundo, haja vista que tem um evento mundial só dele, a Copa do mundo, embora tenha participação também nas Olimpíadas. Mas, como quase tudo que o dinheiro toca apodrece, com o futebol não foi diferente. Demorou, mas enfim veio à tona o mar de lama que envolve esse esporte através dos seus mais insignificantes dirigentes e jogadores, até os altos escalões das federações nacionais e da sua entidade maior, a Federation Internationale de Football Association (Fifa).
Talvez
alguma coisa mude, mas será muito pouco e por pouco tempo, porque nada suporta
a deterioração que os interesses financeiros podem causar às pessoas e
instituições. Há muito as pessoas se questionam porque os recursos tecnológicos
disponíveis não são utilizados para redimir dúvidas em lances capitais dos
jogos, o que poderia diminuir a carga de responsabilidade dos árbitros e
auxiliares, evitando reclamações, brigas e, o que é pior, permitindo que
resultados possam ser manipulados e alterados deliberadamente. Por que não
utilizar os recursos tecnológicos? Porque não há interesse dos dirigentes, que
preferem continuar com a catimba, o trambique, a malandragem, a fabricação de
resultados. Os casos escabrosos ocorridos no futebol mundial, se contados,
gerariam milhares de páginas impressas. Só pra lembrar alguns: Alemanha
perdendo para a Áustria por 1 X 0, placar exato que classificaria os dois. Peru
tomando seis da Argentina para desclassificar o Brasil. Gol legitimo do Vasco
sobre o Flamengo, em que a bola entrou mais de um metro, diante dos olhos do
fiscal de linha, e que foi anulado. Refletores apagados no Barradão, e árbitro mandando
o Fluminense voltar a campo depois de ter dado a partida por encerrada e os
jogadores já se encontrarem de banho tomado, sem uniforme, e sem o necessário
aquecimento.
Esses
fatos são corriqueiros no futebol mundial. Agora mesmo tivemos aqui no Brasil o
caso da Portuguesa, vítima de um trambique da própria CBF, interessada em
manter o Fluminense do Rio na primeira divisão. O clube reclamou na justiça
comum e foi perseguido, sendo rebaixada para série B, logo em seguida, para a
série C, do campeonato brasileiro. E o caso é recorrente, pois o Fluminense do
Rio já havia sido rebaixado duas vezes anteriormente, e em ambas as vezes, virou
a mesa na base do trambique e do conchavo espúrio com dirigentes da CBF.
Alie-se tudo isso ao monopólio da rede Globo, que compra os direitos de transmissão
exclusivos de todas as séries do Brasileirão, para vender pacotes caríssimos
dos seus canais fechados e manipular o horário dos jogos para não abrir mão da
sua programação de telejornais e novelas.
O
resultado disso tudo é o que se vê. Estádios vazios e torcedores bandidos a
trocar tiros, socos, pauladas e facadas nas arquibancadas. Bandidos, sim! Porque
nenhum trabalhador ou chefe de família vai deixar o conforto da sua casa para
se arriscar nas ruas inseguras das cidades brasileira nas altas horas das
noites e madrugadas. Só mesmo vagabundos.
Mas
a decadência do futebol brasileiro é o reflexo da decadência da sociedade
brasileira, que está se tornando um pais de ignorantes, semianalfabetos, onde
as autoridades não se dão ao respeito e por isso mesmo ninguém mais respeita o
país, a ponto da Venezuela se sentir à vontade para insinuar uma invasão ao Brasil.
Eu não assisti, até porque o jogo da seleção feminina estava mais interessante,
mas me disseram que o árbitro do jogo Brasil e Colômbia deixou o pau correr
solto, e ainda expulsou Neymar sem motivo, demonstrando clara intenção de tirar
o Brasil do caminho do Chile, seu pais natal. Se assim foi, podem apostar que
vai dar Chile na cabeça nessa Copa América. Como eu afirmo sempre: Onde há
muito dinheiro envolvido, o jogo é sempre de cartas marcadas. Besta é quem
ainda torce e faz festa para jogadores.
A
propósito. No dia em que perderam para a Colômbia, os jogadores brasileiros
ficaram tão tristes que foram afogar suas mágoas numa boate alugada, repleta de
belas prostitutas e bebidas caras.
Pra
frente Brasil!
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