quinta-feira, 28 de maio de 2015

AUSENTE

E a União Nacional dos Estudantes (UNE) segue ausente da realidade nacional. Arrocho fiscal, corte em investimentos na educação, demissões etc., são solenemente ignorados pela UNE. Compreensível: ainda no governo Lula, a entidade recebeu cerca de R$ 50 milhões para reconstruir sua sede no Rio, e as obras, até hoje incompletas, são pífias. É mais uma cooptação escandalosa.

"O poder real é econômico, então não tem sentido falar de democracia."  (José Saramago)

O Imposto Sindical é excrescência fascista
Do blog Tribuna da Imprensa, transcrevo trecho de comentário do jornalista Miranda Sá, que assino embaixo: “Qual o assalariado consciente que se filiaria e pagaria a mensalidade para um sindicato nos dias de hoje? Houve época que fazíamos com entusiasmo; hoje, contribuímos compulsoriamente através da excrescência fascista que é o famigerado Imposto Sindical.
“Por causa disso, a pelegagem domina a representação classista. Como uma agulha no palheiro é difícil encontrar um sindicato livre da bandidagem que, através de uma minoria organizada, domina a organização.”
“Os sindicatos nasceram paralelamente à revolução industrial. A princípio com a atuação anarco-sindicalista dos operários fabris na luta reivindicatória por uma jornada de trabalho justa, melhores salários e a prática solidária do mutualismo com as caixas beneficentes. Até princípios do século 20, foi assim. Depois se infiltraram comunistas, fascistas e católicos, formando frações para usar os sindicatos partidariamente, e/ou para abrandar a luta de classes, tentando resolver os problemas pacificamente.”

Ainda sobre a pelegagem (I)
Prossegue Miranda Sá:“Nos primeiros tempos, foi violenta a repressão capitalista na Europa e nos EUA. O processo e execução dos anarquistas Sacco e Vanzetti em Massachusetts, EUA, com protestos no mundo inteiro, conquistaram a legalização parlamentar do sindicalismo nos países desenvolvidos. A data de sua morte, 1º de maio, instituiu o Dia do Trabalho.”
“Os países subdesenvolvidos, semi-industrializados, mantiveram a repressão policialesca por mais tempo, o quê, contraditoriamente, fortaleceu os sindicatos, dando-lhes solidariamente apoio e força.”

Ainda sobre a pelegagem (II)
E mais: “Os governos (principalmente os ditatoriais), quando se viram obrigados a reconhecê-los, juntaram-se ao patronato, adotando a experiência dos países totalitários, Alemanha, Itália e URSS. Introduziram nas entidades agentes e informantes. Dessa maneira surgiram os pelegos no Brasil. Aqui receberam este nome, uma gauchada dos tempos de Vargas.”
“O pelego é antes de tudo um amoral e serve a dois senhores. Vemos translucidamente o que ocorre nos atuais sindicatos, onde a falsa representação é estimulada por um sistema corrupto e corruptor. Sob este governo, que marcha para o totalitarismo, todo tipo de estrutura sócio-política é infiltrada, cooptada ou mercenarizada.” É isso aí...

Polícia investiga o caso...(I)
Esta é a frase mais comum no encerramento de reportagens, escritas, televisadas ou via rádio, no noticiário policial brasileiro. Mas devemos saber que, neste país, somente cerca de 5% dos crimes são devidamente elucidados, enquanto no Reino Unido a taxa é de 85%, e nos EUA, de 65%.

Polícia investiga o caso...(II)
E por mais que se prometa., a situação não muda. Tomemos como exemplo dados de 2012, com forme noticiário do jornal O Globo: “A meta 2 da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp) — parceria do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Ministério da Justiça — previa concluir até abril de 2012 todos os inquéritos abertos até dezembro de 2007 para investigar casos de homicídio. Mas, do total de 136,8 mil inquéritos, apenas 10.168 viraram denúncias e 39.794 foram arquivados. Outros 85 mil inquéritos ainda estão em aberto.” Eis aí mais uma razão para a impunidade geral.

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