terça-feira, 12 de maio de 2015

O capitalismo de Estado 'à brasileira' fracassou?

 
Alguns especialistas defendem que, assim como o Brasil criou seu próprio 'estilo' no futebol, desde o início dos anos 2000 tentou forjar um modelo de capitalismo próprio, que até poucos anos atrás parecia ser bem-sucedido.
O sistema econômico capitalista "à brasileira" teria o Estado como forte protagonista. O governo controlaria ou procuraria influenciar empresas em setores-chave – como eletricidade e petróleo.
Além disso, levaria adiante uma política de investimentos indiretos em determinadas companhias privadas - das quais o Estado se tornaria acionista minoritário.
Em 2012, ao analisar este fenômeno, a revista britânica The Economist classificou o Brasil como um exemplo do modelo que classificou como "capitalismo de Estado", que também seria predominante em países como China e Rússia.
Na ocasião, a revista chamou atenção para o fato de as estatais representarem 38% do valor de mercado das empresas brasileiras e concluiu que, assim como Brasil, China e Rússia cresciam em um ritmo mais acelerado que os países desenvolvidos. O "capitalismo de Estado" parecia estar em "ascensão" no mundo.
Desde então, houve uma reviravolta no cenário econômico global e no Brasil em particular. A economia brasileira estancou e a Petrobras mergulhou na pior crise de sua história, na esteira do caso de corrupção revelado pela Operação Lava Jato.
O modelo de "capitalismo de Estado", que teria avançado sob os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, passou a ser fortemente questionado. Em um primeiro momento, por opositores. Logo, por integrantes do próprio governo.
"O capitalismo de Estado não funciona muito bem em uma democracia", disse o ministro da Fazenda Joaquim Levy em março, diante de uma plateia de empresários em São Paulo.
Isso quer dizer que esse capitalismo 'à brasileira' fracassou?  (Vejas o que dizem os especialistas no BBCBrasil) 

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