A pátria educadora proposta pela Dilma é
irreal, mas obrigatoriamente deveria passar pela qualificação do ensino. Na
Medicina não é diferente. Forma-se treinando, expondo o aluno ao fato, até que
ele se torne autossuficiente. Deste ponto de vista é uma aberração o que
faz o governo, abrindo escolas médicas em locais onde não há mão de obra
disponível, mão de obra com domínio pedagógico, nem estrutura.
Enquanto a UEFS continuar usando migalhas,
espaços improvisados, rebarbas que lhe são cedidas na rede pública, o ensino de
saúde será limitado. É inconcebível que dispondo de uma série de cursos na área
a universidade não tenha assento na mesa de planejamento da Secretaria de
Saúde. Mesmo no HGCA, depois de tantos anos e contribuições, o ensino não
é visto com prioridade, ocorrendo em espaços inadequados.
Ambulatórios sem nenhuma reserva do
paciente, que fica com a vida exposta, é rotina e é antiético. A
qualidade de ensino só irá avançar com a criação de um Hospital Universitário,
como temos defendido, de ao menos 120 leitos. Aí, finalmente, a pesquisa e o ensino
na área de saúde terão um cenário animador e que permitirá a ampliação de vagas
no Curso de Medicina. A UEFS não poderá esconder-se para sempre desta
decisão.
A tabela do SUS está degradante. Há
setores sem reajuste há dez anos, o que tem levado os hospitais a um
progressivo endividamento que coloca as condições de atendimento em risco,
restringe a rede, gera desemprego. Mesmo em tratamentos caros, como diálise,
oncologia, cardiologia, as tabelas estão defasadas. A falta de leitos para
realização de partos em Feira é um exemplo típico deste fato. Reajuste a
tabela e o problema estará solucionado. Na média complexidade vivemos um
disfarçado genocídio por falta de acesso e resolutividade. O caos Brasil não
poderia ter deixado de contaminar esta área, claro.
Dilma Rousseff não recebeu as venezuelanas
Lilian Tintori, mulher do líder oposicionista Leopoldo López, preso, Mitzy
Capriles de Ledezma, mulher do prefeito de Caracas raptado e detido pela
polícia secreta bolivariana, e Rosa Orozco, que teve uma filha assassinada
durante uma manifestação contra o governo, em Caracas. A cumplicidade do PT com
a ditadura venezuelana é uma vergonha. É deprimente a omissão, a covardia e
asqueroso silêncio diante das agressões à democracia.
Sim, você leu corretamente. A taxa de
desemprego subiu de 6,5%, no quarto trimestre de 2014, para 7,9% no primeiro
trimestre de 2015. Um milhão e quatrocentos mil desempregados a mais em apenas
três meses. O impacto na economia é aterrador.
Publicado no Tribuna Feirense
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