O Brasil é um exemplo internacional no
combate à pobreza, mas precisa ir além do Bolsa Família se quiser avançar na
redução da desigualdade por um caminho sustentável, acredita o coordenador de
Campanhas e Políticas da ONG ActionAid, Ben Philips. Programas de transferência
de renda, ele diz, devem ser apenas parte de um pacote de medidas.
A Action Aid é uma organização não
governamental internacional que luta contra pobreza, tem programas de
patrocínio de crianças e bases operacionais em vários países, incluindo Brasil.
Philips elogiou o esforço do Brasil nos
últimos anos e disse que o trabalho que foi feito no país, que tirou 36 milhões
de pessoas da pobreza em dez anos, mostra que existem alternativas no combate à
desigualdade social. Para ele – e ativistas de outras cinco importantes ONGs
internacionais – a concentração de riquezas é o principal entrave na luta por
uma sociedade mais justa.
Em sua primeira visita ao Brasil, Philips passou
cinco dias no Maranhão conhecendo comunidades atendidas por projetos da ONG em
que trabalha e outros quatro dias no Rio de Janeiro. Conversou com
especialistas, visitou a favela da Maré e disse que a diferença do Brasil em
relação a outros lugares do mundo com problemas semelhantes é que "sempre
há uma dança para se dançar, uma música para se ouvir, e tudo é feito com muita
alegria".
Philips já trabalhou na Children's
Society, Save the Children e Oxfam, é mestre em Estudos de Desenvolvimento pela
Universidade de Haia e bacharel em História pela Universidade de Oxford.
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