sábado, 31 de dezembro de 2016

2016 -O ano que a oposição lacrou sua tampa de caixão.

A oposição a Ronaldo, em Feira, é um caso para estudo. É a história de um retumbante fracasso e da incapacidade de construir um discurso, de oferecer uma alternativa, de aglutinar forças, de sedimentar um projeto de poder que em algum momento levasse, ao menos, riscos a campanha do prefeito.
Ao invés disto, o que tivemos foi o completo esfacelamento da oposição, apatia, fragmentação, permitindo que os nomes das tradicionais famílias fossem conquistados, habilmente, por Ronaldo e que outros nomes fossem afastados. 

Apesar do fracasso inicial a oposição não mudou de estratégia e continuou fazendo mais do mesmo e se comportando como o maior cabo eleitoral de Ronaldo. Isto aconteceu mesmo quando o PT esteve no poder com Lula e Wagner. Faltou ao líder Wagner decisão de intervir; faltou ao líder,  Neto, a capacidade de reconhecer que ele não podia ser o único e construir um rosário de derrotas e buscar a formação de uma coalização mais significativa. O Estado, como exemplo, apenas, não conseguiu levar Geilson e tomou um a zero do prefeito, no caso do Irmão Lazaro. É de estarrecer.
Aliás, a oposição, não conseguiu sequer fazer uma bancada de vereadoes dignas deste nome,  mesmo com todo poder que teve nas mãos. E, também, nao conseguiu construir um discurso sistemático, organizado, continuado, de oposição ao trabalho do prefeito, que tem, sem dúvidas,  vários pontos que mereciam e merecem discussão pela oposição. A ação se tornou pontual - como no BRT-, e, por ser pontual e sem credibilidade para oferecer alternativas, nao impactou.
Neto, o líder local, é um bom deputado, mas, apesar de ser um ótimo prefeito estadual, com muitas contribuições a cidade- inclusive a nossa maior e mais impactante obra urbana que é a Lagoa Grande- não conseguiu transformar o poder que teve e ainda tem em um projeto oposicionista local. Fica sob ele a maior responsabilidade pelo modelo e resultado obtido.

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