Alguém que adotasse uma tática prudente
de sobrevivência: os ratos, por exemplo. Quando os dinossauros se extinguiram,
há 65 milhões de anos, os nossos ancestrais eram pequenos quadrúpedes que
passavam quase o tempo todo enfiados em buracos ou em copas de árvores.
Não eram muito diferentes dos roedores
atuais. Comiam de tudo, desde sobras de caça até insetos e mato. “Por isso,
foram poupados da extinção”, diz Reinaldo Bertini, da Universidade Estadual
Paulista.
Nos tempos difíceis, ser pouco exigente
é um bom negócio. Nossos tataravós se fartaram com a carniça de répteis até
poderem sair da toca, livres dos predadores. Daí acabaram-se as vacas magras e
eles foram se tornando mais altos. Deu no que somos hoje. “Se os humanos
desaparecessem, os ratos usariam a mesma estratégia”, diz Bertini. “Eles
sairiam dos buracos e ficariam maiores. Poderia surgir uma civilização
roedora.” Isso se as baratas, outro forte candidato ao trono vago, não
ocupassem o espaço antes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário