O vazamento vip e esperado da
delação da Odebrecht mostrou que o submundo é pluripartidário e botou pimenta
na politica baiana.
A delação atingiu vários
partidos e botou a esquerda na roda ao citar Lídice ( com o implacável Feia),
Wagner ( Polo), o governador Rui Costa, Aleluia ( Santo), Antonio Brito (
Misericordia), Geddel ( Babel), Lucio ( Bitelo) e tantos outros. A denúncia que
Wagner favoreceu um pagamento de R$260 milhões a Odebrecht é estarrecedor
e a detalhamento do dinheiro usado para financiar a campanha do
governador coloca em risco o mandato. Este doação, se confirmada, refaz
todo desenho da sucessão baiana, até, porque, o vice, também já foi citado em
outra ocasião.
Esta foi apenas a primeira das
delações e pela intimidade que a Odebrecht sempre teve com a politica baiana
ainda vai ter muito político para rolar por debaixo da ponte.
A política na Bahia começa a ter um novo
desenho.
O presidente em
seu funeral
Temer sempre guiou o PMDB. Não
o faria sem conhecer suas entranhas e sua biografia policial. Ao chamar Geddel,
Moreira, Jucá e Padilha, para compor sua linha de frente, sabia o que tinha no
armário. Evidente que são hábeis conhecedores od submundo do Congresso e, por
isso mesmo, são capazes de construir uma base para o Presidente, mas são um
material explosivo capaz de gastar qualquer capital de apoio que um líder
tenha.
As acusações se sucedem: Jucá,
Geddel, Jucá de novo, Padilha, Moreira. Nenhum dos auxiliares diretos do
Presidente tem condições de sobrevivência e, pelo jeito, de escapar da Justiça
se perderem o foro privilegiado. Esta é uma das razões- ao lado de perder seus
operadores mais fiéis- que o faz insistir em mantê-los no cargo apesar do
brutal desgaste.
Ao se recusar a tomar atitude
de afastar os acusados- e há outros que ainda o serão- Temer dá início ao
funeral de sua administração e vai ficando cada vez mais refém de outros
políticos. Ao mesmo tempo, a pressão para obter resultados econômicos irá
levá-lo a fazer concessões além do esperado e o círculo de pagar o preço para
manter-se boiando fará com que se enfraqueça mais ainda. Com isto, os
investidores, os donos do lábil capital, começam a botar as barbas de molho,
afinal, está cada vez mais incerto sua chegada a 2018.
O governo Temer fica cada vez
menor e a culpa é exclusivamente dele.
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