Arantxa é uma
espanhola que planejava viajar para os Estados Unidos. Para isso, precisava
preencher um formulário ao custo de US$ 14 (R$ 46) para pedir o visto, mas
acabou gastando US$ 84 (R$ 277), cinco vezes mais. "Pensei que era a
página oficial", lamenta.
Algo parecido
se passou com a Sara, que vive em Londres. Ela solicitou um cartão do seguro de
saúde europeu pela internet. Depois de pagar US$ 25 (R$ 82), descobriu que era
gratuito. A página que ela usou (european-healthcard.org.uk) nem existe mais.
Arantxa e
Sara caíram no velho golpe do site falso, usado para copiar senhas, coletar
dados e, principalmente, para vender produtos e serviços que não existem.
Trata-se de páginas idênticas às originais ou muito
parecidas com os tradicionais sites de venda online, mas que na verdade
funcionam como uma armadilha para confundir e lesar usuários.
Caminhos perigosos
Para se
proteger do golpe, é preciso ficar de olho e seguir uma série de dicas básicas.
A Fundação Procon de São Paulo, por
exemplo, tem uma lista de 547 sites que devem ser evitados. Alvo de reclamações
de consumidores entre 2012 e 2016, essas páginas foram notificadas pelo órgão,
mas não responderam ou não foram encontradas. A maioria delas é de compras.
Além de sites
falsos que oferecem roupas, eletrodomésticos e viagens, há também aqueles que
confundem internautas por cobrar taxas extras por serviços como emissão de
passaporte e transferências financeiras. Às vezes, o usuário até entra na
página correta, mas, ao navegar, vai parar em lugares nada seguros.
Em 2014, por
exemplo, a Caixa Econômica Federal precisou corrigir uma brecha no segurança em
seu site que permitia redirecionar usuários para páginas que não são do banco.
A falha foi identificada à época por um estudante de ciência da computação.
Um estudo feito pela organização
britânica de defesa do consumidor Which? em 2013 indicou que metade das pessoas
que navegam por esse tipo de página não é capaz de identificar que elas são
falsas.
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