Faltando
menos de uma semana para o Natal, a correria aumenta e a busca por presentes -
mesmo que seja uma "lembrancinha" - pode acabar se transformando em
um momento de estresse e endividamento.
De olho nessa
época de generosidade compulsória, os comerciantes lançam mão de estratégias
para atrair o consumidor e fazê-lo gastar. E quanto mais, melhor
.Mas melhor para quem?
.Mas melhor para quem?
Também é
verdade que, em tempos de crise econômica, os lojistas também se veem
pressionados pela concorrência e, a cada ano que passa, pelas vendas na
internet. O resultado é que, em meio a esse bombardeio de
ofertas, propagandas e incentivo ao gasto desenfreado, o consumidor fica
vulnerável e pode estar sujeito a alguns perigos.
Para entender as táticas comerciais largamente utilizadas nessa época do ano, a BBC ouviu a pesquisadora Isabelle Szmigin, professora de Marketing da Universidade de Birmingham, no Reino Unido.
Para entender as táticas comerciais largamente utilizadas nessa época do ano, a BBC ouviu a pesquisadora Isabelle Szmigin, professora de Marketing da Universidade de Birmingham, no Reino Unido.
Szmigin tem
vários livros e ensaios publicados sobre Sociologia, Psicologia e Marketing.
Ela se dedica à pesquisa sobre comportamento do consumidor e questões políticas
e sociais que envolvem o consumo.Ela destaca
duas estratégias distintas, mas que podem ser complementares: provocar medo no
consumidor e criar uma atmosfera que vai estimular o chamado espírito natalino.
Vamos a elas:
Provocar medo no consumidor
"Uma das
táticas é criar o medo da perda", diz a professora, destacando que isso
vale para tanto para as vendas pela internet como em lojas físicas, seja nas
ruas ou em shoppings.
Ela explica:
os comerciantes divulgam suas ofertas e "garantem que o produto desejado
pelo consumidor vai acabar a qualquer momento". A estratégia inclui
alertas e cartazes do tipo "compre já, são as cinco últimas peças em
estoque", acrescenta a pesquisadora.
Dessa forma, os comerciantes conseguem estimular no consumidor o medo da perda do objeto desejado, além de angústia e ansiedade. "Vamos sentir medo, porque pode ser que o que desejamos tanto não esteja mais disponível na outra hora ou na próxima semana", continua a professora.
Dessa forma, os comerciantes conseguem estimular no consumidor o medo da perda do objeto desejado, além de angústia e ansiedade. "Vamos sentir medo, porque pode ser que o que desejamos tanto não esteja mais disponível na outra hora ou na próxima semana", continua a professora.
A dúvida vai acabar levando a pessoa a comprar mais
rapidamente, diz, e de uma maneira mais impulsiva. Click aqui e leia mais no BBCBrasil.
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