sábado, 31 de dezembro de 2016

Sobre uvas e ondas: de onde vêm algumas das principais superstições de Ano Novo do Brasil e da América Latina?


O Réveillon é uma festa repleta de otimismo, uma noite em que a passagem de ano nos dá a esperança de que tudo pode melhorar, desde nossa situação financeira à felicidade.

E muita gente acredita que pode dar um "empurrão" na realização de metas se seguir tradições e superstições. No Brasil e na América Latina, existem inúmeros "rituais" de Ano Novo. Abaixo estão quatro dos mais populares e que tentamos explicar de onde vêm.


Uvas à meia-noite

A tradição de comer 12 uvas exatamente à meia-noite chegou à América Latina graças aos espanhóis. Para se ter 12 meses de boa sorte e prosperidade, é necessário comer uma uva a cada uma das 12 badaladas.
Segundo o jornalista americano Jeff Koehler, autor do livro Espanha, há duas teorias sobre as origens dessa superstição. A primeira versão remontaria à década de 1880. Segundo jornais da época, a burguesia espanhola começou a imitar a francesa e a celebrar o Réveillon comendo uvas e tomando vinho espumante.

"Pouco tempo depois, o costume foi adotado por pessoas que iam até a Porta do Sol (conhecido cartão postal de Madrid) para ouvir as badaladas da meia-noite. E comiam uvas, bem possivelmente para debochar da classe alta", escreveu Koehler, em um artigo para o site da rádio americana NPR.

A segunda teoria situa as origens algum tempo depois, mais precisamente em 1909. Naquele ano, os produtores vinícolas da região de Alicante, no Sudeste espanhol, tiveram um amplo excedente na safra das uvas brancas típicas locais, conhecidas como Aledo.

Para vender o produto, usaram o baixo preço e criatividade: até hoje as frutas são conhecidas como as "uvas da boa sorte". O costume sofreu algumas alterações na América Latina: além de consumir outras variedades de uvas por uma questão de estação, disponibilidade e preço, há quem coma passas. Leia amtéria completa no BBCBrasil.

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