sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Educação Moral e Cívica



         Ultimamente tenho pensado muito nesta disciplina que nos era ensinada no ginásio antigamente.  Tenho refletido e sentido a falta que ela faz à educação dos jovens nos dias de hoje. Isso se dá porque a todo momento percebo a falta de conhecimento de tal disciplina no seio da juventude. Questões como civismo, patriotismo, direitos e deveres, não eram estranhas aos jovens da minha geração. Junte-se a isso os conhecimentos que obtínhamos através da disciplina Organização Social e Política Brasileira (OSPB). Ao final o curso ginasial já tínhamos cidadãos formados e cônscios das suas reponsabilidades e dos seus direitos.

         As noções de civilidade nos eram passadas pelos nossos pais que nos ensinavam a sentar à mesa, respeitar os mais velhos, higiene pessoal e ambiental, generosidade com o próximo, e cuidados com as crianças. Tudo isso perdemos ao longo do tempo. Creio que foi a partir da degeneração das famílias. Sem pais educados as crianças crescem sem educação.

         Questões como civismo, patriotismo e honestidade foram perdidas a partir do momento de que quem deveria dar o exemplo não o fez. Hoje em dia ser civilizado é “frescura”, e ser patriota e honesto é “babaquice”. Tudo está acontecendo conforme previu Rui Barbosa. Mais onde a coisa tem me chamado mais a atenção é na questão de direitos e deveres. Qualquer pessoa acha-se no direito de fazer o que bem entender mesmo que sua atitude atente contra o direito do seu próximo.

         Vejamos alguns casos: Qualquer “Zemané” acha-se no direito de entupir os ouvidos dos outros com o som que ele gosta de ouvir, não respeitando o gosto alheio, o repouso dos idosos e enfermos, e mesmo daqueles que buscam paz no silencio das suas casas. Qualquer um acha-se também no direito de infligir qualquer norma, regra ou lei pois sabe da impunidade reinante. Para escapar de possíveis penas basta subornar ou ser amigo de alguma autoridade.

         As pessoas perderam também a noção do certo e do errado, do que lhe é de direito ou não. Por exemplo: Ouço pessoas reclamando e ameaçando apelar para a justiça por falta de empacotadores nos caixas dos supermercados ou simplesmente porque alguma loja cobra frete para entregar a mercadoria em domicilio. Não entendem essas pessoas que serviços como estes são opcionais por parte de quem os oferece como forma de criar atrativos para os clientes. Ora, se um supermercado não em disponibiliza empacotadores vou preferir um que o faça. Tudo depende da minha conveniência. Mas não poço obrigar o dono da loja a atender a minha expectativa.  


         A coisa anda tão absurda que recentemente um sujeito lá do Rio de Janeiro (tinha que ser carioca) entrou na justiça exigindo indenização por parte do clube Vasco da Gama porque, como torcedor, estaria sofrendo humilhações por parte dos torcedores rivais pelo fato do clube está na segunda divisão. O juiz, é claro, indeferiu o pedido e como bom flamenguista orientou o torcedor vascaíno a torcer por outro clube carioca, de preferência um que nunca tivesse sido rebaixado.      

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